A Câmara de São João da Barra vai promover, na próxima terça-feira (10), às 19h, a entrega da Medalha João Oscar do Amaral Pinto. Desta vez, o homenageado será o jornalista, historiador, professor e escritor sanjoanense Bruno Costa, que acaba de lançar os livros “1964: O golpe, a ditadura e a imprensa” e “Narciza Amália, poeta da liberdade”. O sanjoanense é um dos mais expressivos nomes do meio cultural da atualidade.
“Este ano, escolhemos o Bruno Costa devido ao seu intenso trabalho na parte cultural aqui da nossa cidade. Bruno é filho da nossa terra, lançou dois livros este ano, é um grande fazedor de cultura e a gente fica feliz em poder homenagear uma pessoa que tanto tem contribuído para a preservação da história do nosso município”, disse o presidente da Câmara, Alan de Grussaí.
Bruno conta que está emocionado em receber a honraria, e que 2024 está sendo um ano de conquistas incríveis. “Mas não recebo esta medalha sozinho. Em minha história estão minha família, amigos, professores e mentores, dentre eles, aquele que dá nome ao prêmio, João Oscar, uma referência para mim. Tudo isso mostra o reconhecimento por uma vida de dedicação ao conhecimento, à coletividade e à cultura. Agradeço imensamente ao presidente do Legislativo e aos edis que aprovaram meu nome”, disse.
Biografia – Filho de José Augusto Batista da Costa e Marizete Azevedo da Costa, Bruno nasceu no dia 10 de agosto de 1977 e tem apenas um irmão: Breno. Apesar de ter tido uma infância bem humilde, sempre gostou de estudar. Concluiu os cursos de: Formação de Professores e Técnico em Contabilidade (antigo segundo grau, no Colégio Estadual Alberto Torres) e Técnico em Processamento de Dados e Tecnólogo em Informática (na antiga Escola Técnica Federal de Campos).
Seu ativismo político-social começou a tomar forma e fundou, junto com Fabiano Rangel, a Associação Sanjoanense de Estudantes (ASE), que teve como principais lutas, o transporte estudantil e a bolsa de estudos. Neste período, Bruno começa a escrever para o jornal S. João da Barra, passa a se aproximar do mestre Carlos Sá e descobre sua aptidão pela escrita. Decidiu cursar Jornalismo (na Fafic) e fundou, em 2007, o jornal Quotidiano, que circulou no município por 10 anos.
No meio educacional, foi convidado pelo Colégio Cenecista São João Batista para reimplantar o Ensino Médio na entidade e assumiu as disciplinas de Filosofia, Sociologia e Geografia. Cursou Complementação Pedagógica em Filosofia, Geografia na Universidade Estácio de Sá e História na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Também fez pós-graduação em Filosofia pela UCAM e mestrado em Políticas Sociais pela UENF. Participou de inúmeros congressos, seminários e eventos nacionais e de cunho internacional.
Bruno vem contribuindo significativamente no meio cultural. É um dos responsáveis pela Procissão do Fogaréu (junto à Irmandade de São João Batista e ao historiador Fernando Lobato); criou o Concurso de Marchinhas Carnavalescas; foi eleito Conselheiro Estadual de Política Cultural do Estado do Rio de Janeiro, representando o Norte Fluminense e fez parte diversas vezes do Conselho Municipal de Cultura de São João da Barra.
Foi premiado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a partir de um concurso de redação que consolidou o livro “Solidariedade”, publicado em português, francês e inglês, em evento na Academia Brasileira de Letras. O sanjoanense é também imortal da Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura (ABRASCI) e lançou dois livros nos últimos cinco meses: “Narciza Amália, poeta da liberdade” e “1964: O golpe, a ditadura e a imprensa”.
Bruno é funcionário público do município desde 2002 e tem atuado bastante na Gestão Pública. Foi membro gestor para acompanhamento e elaboração do Plano Diretor em 2006; assumiu o Departamento de Jornalismo e, depois, a Gerência de Comunicação da Prefeitura, entre 2005 e 2012. Recentemente, na Secretaria Municipal de Cultura, atuou com a equipe para a implantação do Festival Nacional de Dança, da Festa Literária Sanjoanense (Felisan), do Festival de Comida Típica, da criação do edital de publicação de livros e da aplicação das leis, Paulo Gustavo e Aldir Blanc.
Bruno Costa é casado há 17 anos com Caroline Miranda. Da união do casal nasceram suas duas filhas, Valentina e Olívia.
A Medalha – Criada por meio de resolução dos ex-vereadores, Aluizio Siqueira e Alex Firme, a Medalha João Oscar presta homenagem ao sanjoanense que foi escritor, historiador, poeta, romancista, professor universitário, advogado e tabelião. João Oscar nasceu em 1939, foi membro de várias academias de letras e institutos culturais, secretário Municipal de Educação e Cultura de São João da Barra e tem 14 livros publicados. Morou por muitos anos em Teresópolis, a trabalho, mas contava os dias e as horas para se aposentar e voltar para a sua terra natal. Faleceu em 2006, deixando um imenso legado.
Fonte: Ascom