O Ministério Público Eleitoral (MPE) ajuizou nesta quinta-feira (3) uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra o vereador candidato à reeleição em Campos, Bruno Pezão.
Com a iniciativa, o MPE busca a cassação do registro de candidatura e a declaração de inelegibilidade de Pezão por oito anos, assim como a invalidação de todos os votos que serão obtidos pelo candidato e a exclusão desses votos da coligação ou partido.
De acordo com o MPE, a ação tem o objetivo de apurar irregularidades cometidas durante a campanha eleitoral, citando “a participação de uma organização criminosa em sua campanha, liderada por José Ricardo Rangel de Oliveira, vulgo “Ricardinho”, narcotraficante que atua na localidade de Campo Novo (Baixada Campista) e adjacências”.
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O MPE afirma ainda que de acordo com os fatos apurados e detalhados em inquérito policial, o candidato estaria se utilizando de recursos financeiros não declarados, além do emprego de coação e intimidação de eleitores, armas de fogo e intimidações de criminosos, orquestradas por uma organização criminosa envolvida em torturas, mortes e tráfico de drogas, entre outros, com forte influência na região de Campo Novo.
A ação de investigação destaca que no mês de julho deste ano, “Ricardinho”, apontado como traficante e conhecido matador da região, foi inserido ao vivo em um telão e desta forma participou de uma reunião com eleitores da região, demonstrando apoio e exigindo o mesmo de quem estava presente.
“Além de chefiar a organização criminosa e dos vínculos descobertos com o candidato, foi observado que a transmissão ao vivo se deu diretamente de uma cela de um dos presídios de Bangu, no Rio de Janeiro, local em que “Ricardinho” está preso há aproximadamente 10 anos. A ação foi caracterizada como uma tentativa clara de criar embaraços ao voto livre e criar um curral de eleitores, prática que afronta diretamente os princípios da livre manifestação do voto”, enfatiza a Aije.
Por fim, o MPE alerta que a análise das provas e depoimentos colhidos durante o inquérito policial, indicam fortes indícios de irregularidades com potencial de comprometer a legitimidade do pleito eleitoral.
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