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Vereador Bruno Pezão é transferido para presídio Carlos Tinoco da Fonseca

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), ainda não há horário para audiência de custódia até o momento

Polícia
Por Redação
19 de setembro de 2024 - 11h10
Presídio Carlos Tinoco da Fonseca (Foto: Arquivo J3News/Carlos Grevi)

O vereador Bruno Pezão (PP) foi levado para o Presídio Carlos Tinoco da Fonseca no final da manhã desta quinta-feira (19). Preso por lavagem de dinheiro, Bruno Pezão ainda deve passar por audiência de custódia. Agentes da polícia penal informaram ao J3News que a transferência para o presídio se dá por questões de segurança, uma vez que se trata de um vereador, candidato à reeleição. Bruno Pezão também é suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas. O vereador foi transferido da 134ª Delegacia de Polícia, na manhã desta quinta-feira (19), passou por exame no Instituto Médico Legal (IML) e foi encaminhado sistema prisional.

 De acordo com a delegada Carla Tavares, titular da 134º DP, como regra, os presos passam pela audiência no dia posterior à chegada ao presídio. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), ainda não há horário para audiência de custódia.

Entenda o caso

Durante a operação Pleito Mortal, para cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em Campos dos Goytacazes, agentes da 134ª Delegacia de Polícia, com o apoio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizaram a prisão em flagrante do vereador Bruno Pezão (PP), nessa quarta-feira (18).

Bruno Pezão. Foto: Reprodução

Em coletiva de imprensa a delegada titular da 134ª DP, Carla Tavares, e a chefe do Departamento de Polícia de Área (DPA) do Estado do Rio de Janeiro, Natália Patrão, informaram que foram apreendidos mais de 1 milhão de reais no apartamento onde o vereador mora, na Pelinca, e em uma residência em São Sebastião.

De acordo com a delegada Carla Tavares, em consequência do cumprimento dos mandados de busca e apreensão foram localizados mais de 600 mil reais em espécie que geraram o flagrante. “Com base em informações iniciais temos conhecimento de inúmeras extorções que vinham sendo praticadas ma Baixada Campista”.

Foto: Divulgação/Polícia civil

Além do cumprimento dos mandatos em Campos, ainda na manhã de quarta-feira (18), foram feitas buscas na cela do traficante Ricardinho, na penitenciária de Bangu, no Rio de Janeiro onde foram encontrados alguns celulares. O traficante aparece realizando uma videoconferência com o vereador e outros agentes políticos, durante uma reunião realizada no dia anterior à morte de um cabo eleitoral na Baixada Campista. O crime deu origem à operação “Pleito Mortal”, realizada pelo GAECO/Ministério Público e 134ªDelegacia de Polícia Civil, que investiga a morte de Aparecido Oliveira de Morais, assassinado no último dia 19 de julho, onde, supostamente, Pezão teria envolvimento.

“A gente interpreta esse vídeo e essa conduta do vereador Bruno Pezão como uma audácia. Realizando uma reunião política, fazendo uma videoconferência com o suposto chefe de tráfico de drogas de dentro da cadeia e projetando a imagem dele no telão, com a comunidade. É, sem dúvida, um escândalo sem precedentes, desafia todas as normas de conduta política, ilegal, mas também expõem de maneira flagrante a convivência entre a política e o tráfico de drogas”, afirma a chefe do 6º DPA, Natália Patrão.

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