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Um grito para a mulher ter voz na Câmara

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Opinião
Por Redação
30 de junho de 2024 - 7h06

Na terra de Benta Pereira e de muitas mulheres valentes como Nina Arueira, bem antes das cotas partidárias para abrir espaços para as representantes femininas na política, em 1974, Campos dos Goytacazes elegia Antônia Leitão como sua primeira vereadora, no tempo em que a Câmara Municipal ainda funcionava onde hoje é o Museu Histórico na Praça São Salvador.

De Antônia Leitão aos dias de hoje foram 15 mulheres ocupando cadeiras na Câmara Municipal. Levando-se em conta que a Câmara de Vereadores de Campos foi criada em 1656, o número de mulheres eleitas no curso destes séculos foi pífio, observando que houve um período em que elas não poderiam nem votar quanto mais serem votadas.

A última a passar pela Câmara foi a vereadora Marcelle Pata, em 2019. Muito recentemente ampliou-se o número de cadeiras na Câmara, passando para 25. O número aumentou e a participação feminina encolheu.

Com a proximidade das eleições municipais deste ano, é claro que a participação das mulheres no processo passa a ser um tema de extrema relevância, até porque, hoje, não existe uma única voz feminina no plenário e, definitivamente, ela faz falta.

Na Cidade onde tem domicilio eleitoral Rosinha Garotinho, a 1ª mulher eleita governadora do estado do Rio, que depois se tornou a 1ª mulher, e única até aqui, eleita prefeita de Campos, não se justifica um retrocesso nesta participação.

Os partidos pretendem apresentar um rol de nomes de mulheres candidatas a vereadoras em outubro. Oportunidade para refletir sobre esse retrocesso que deve remoer as almas, tanto de Benta Pereira quanto de Nina Arueira, que, certamente, gritariam para que as mulheres tenham voz na Câmara.