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Empena alfabética de graffiti Wild Style é inaugurada no Hospital Veterinário da UENF

Trata-se da segunda etapa do “Caligrafia Urbana”

Campos
Por Redação
29 de maio de 2024 - 14h09
Obra foi pintada pelo artista campista Killyacking Scott. Foto: Divulgação

Campos já pode se orgulhar de ter a primeira empena alfabética grafitada em Wild Style do estado do Rio de Janeiro. Pintada pelo artista campista Killyacking Scott, a obra foi inaugurada no final da tarde dessa terça-feira (28/04), no Hospital Veterinário da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), como parte do projeto “Caligrafia Urbana – Edição Kane-KS”, contemplado pela Lei Paulo Gustavo.

— Essa é uma arte muito especial, porque o projeto contempla um estilo dos primórdios do graffiti, mas que não é muito aceito visualmente pela sociedade. Aqui, o Wild Style foi contemplado em um edital muito importante e realizado numa universidade de referência para a região, que abraçou o projeto. É a primeira empena de alfabeto Wild Style em Campos e no Rio de Janeiro — destaca Killyacking Scott, o Kane-KS. Grafiteiro desde 2007, ele é membro da quarta geração dos grafiteiros de Campos.

Em breve, será divulgado um cronograma de oficinas de graffiti com Kane em 26 escolas estaduais do Norte Fluminense. Trata-se da segunda etapa do “Caligrafia Urbana”, que levará uma letra do alfabeto a cada uma dessas unidades de ensino, seguindo os moldes da empena na UENF.

— Vamos priorizar escolas com baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A proposta é mostrar às crianças do Norte Fluminense que é possível sonhar — afirma a produtora cultural Anna Franthesca, curadora do projeto. — O Kane-KS veio de um colégio público, hoje é artista e vai pintar em colégios públicos, além de ter pintado numa universidade pública, tudo isso com recurso estadual. Então, a minha missão é falar com os artistas que é possível viver de arte, e a nossa missão nesse projeto é mostrar às crianças e aos demais espectadores que é possível trazer respostas à população por meio da arte. A arte está aí para ser transgressora, para fazer pensar, e a reflexão é a base desse projeto — complementa Franthesca.

A contrapartida cultural em questão foi idealizada pelo pesquisador do “Caligrafia Urbana”, Rogério Peixoto.

— A ideia partiu justamente da relação entre a universidade e a escola, com a possibilidade de a escola amplificar os estímulos para que jovens de periferia cheguem à universidade. A cultura hip-hop é composta por vários elementos, e o conhecimento também faz parte dessa cultura. Então, levar uma letra da empena a cada escola é justamente evidenciar que a arte urbana é conhecimento e pode amplificar as possibilidades desses jovens na vida, no ramo profissional e no ramo artístico — enfatiza Rogério.

Serão contempladas nessa segunda etapa escolas de Campos, São Fidélis, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana, Macaé, Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus. Registros de bastidores e as demais atualizações do projeto podem ser conferidas pelo perfil de Instagram @caligrafia_urbana.

O projeto “Caligrafia Urbana – Edição Kane-Ks” é realizado pelo Governo Federal, via Ministério da Cultura, e pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, via Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, por meio da Lei Paulo Gustavo.

FICHA TÉCNICA:

Artista grafiteiro – Kane-Ks

Grafiteiro Assistente – Zack

Gestão do projeto – Fran Produz

Curadoria – Anna Franthesca

Assistente de produção – Iuri Siqueira

Pesquisa e projeto pedagógico – Rogério Peixoto

Produção técnica arquitetônica e acessibilidade – Gessica Reis

Acessibilidade comunicacional – Sensacional Produções e Acessibilidade

Assessoria de comunicação: Matheus Berriel

Social media – Thaís Mayrink

Design – João Pedro Bessa de Souza

Audiovisual – Studio IDE!