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MPF pede cassação e inegibilidade de Cláudio Castro e Rodrigo Bacellar

Assessoria de Bacellar Bacellar alega que não foi apresentada nenhuma prova de qualquer irregularidade imputada ao deputado

Geral
Por Redação
6 de maio de 2024 - 22h39
Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a cassação do governador Cláudio Castro e seu vice, Thiago Pampolha e do deputado estadual e presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar. O MPF também indicou que Castro e Bacellar se tornem inelegíveis por oito anos (a partir de 2022).

A informação foi noticiada inicialmente pelo portal Uol. Segundo o site, a motivação do pedido seria o caso que envolve cargos e folhas de pagamento secretos da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Uma sequência de reportagens do portal apontou que aliados políticos da cúpula do Executivo do RJ foram empregados nas folhas de pagamento das duas instituições, em ano eleitoral (2022), sem nenhuma transparência dos gastos públicos.

Em nota, a assessoria de Bacellar alegou que não foi apresentada nenhuma prova de qualquer irregularidade imputada ao deputado:

“A instrução probatória demonstrou que não existe nenhuma conduta a ser imputada ao deputado Rodrigo Bacellar. O MP se pautou em matérias jornalísticas que não se submetem ao contraditório. No âmbito processual, nenhuma prova foi produzida para demonstrar qualquer irregularidade imputável ao deputado Rodrigo Bacellar”, afirma a nota.

Ainda segundo a matéria do Uol, o MPF reconheceu práticas simultâneas de abuso de poder político e econômico.

“O esquema teve o claro objetivo da utilização da máquina pública estadual, à exclusiva disposição dos investigados, para permitir o escoamento de recursos públicos, dando-lhes aparência de legalidade, mas que, em verdade, foram indevidamente utilizados para promover as suas candidaturas e cooptar votos para as suas respectivas vitórias, nas urnas, atendendo a interesses pessoais escusos e a perpetuação dos referidos políticos nos cargos eletivos do Estado do Rio de Janeiro, sobrepondo-se ao interesse coletivo”, diz um trecho do texto que consta no termo de alegações finais, que segundo o Uol foram apresentadas nesta segunda-feira ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio.

O J3News fez contato com a assessoria do Governo do Estado do RJ em busca de um posicionamento sobre o caso. Por meio de nota, foi informado que “a defesa do governador tem prestado todos os esclarecimentos aos órgãos de controle. Após as denúncias, o governador Cláudio Castro determinou a extinção dos projetos da Fundação Ceperj, que está sendo reestruturada. Vale ressaltar também que o nome do governador não é citado em nenhum dos depoimentos. A defesa de Cláudio Castro confia na Justiça Eleitoral e afirma que não foram apresentados nos autos do processo elementos novos que sustentem as denúncias”, conclui.