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Caso Sofia: Polícia Civil segue com depoimentos para descartar a participação de outras pessoas na morte da criança

Segundo depoimentos colhidos até agora, suspeito teria sido “julgado e condenado” pelos traficantes da região

Campos
Por Redação
14 de março de 2024 - 18h31
Corpo de Sofia foi enterrado na tarde do dia 12 (Foto: Josh)

O delegado titular da 146ª DP (Guarus), responsável pelas investigações da morte da menina Sofia da Silva Santos, Carlos Augusto Guimarães, disse que ainda estão previstas oitivas de outras testemunhas para confirmar as apurações iniciais e descartar a participação de terceiros na morte da criança. O corpo da criança foi encontrado enterrado em um terreno, no início da tarde de segunda-feira (11), no Parque Cidade Luz, no subdistrito de Guarus, em Campos (leia aqui). O atestado de óbito confirmou que a criança, de seis anos, teve traumatismo craniano e foi vítima de estupro. Também na segunda-feira, um homem apontado como suspeito do crime, foi morto por espancamento. Segundo depoimentos tomados até agora, ele teria sido “julgado e condenado” pelos traficantes da região.

Apesar da causa da morte descrita no atestado de óbito entregue à família da vítima, o delegado disse que ainda aguarda os laudos emitidos pelo Instituto Médico Legal (IML), tanto de Sofia quanto do suspeito Rayan Pierre Coimbra Ressiguier, para concluir o caso. “Até o momento, não foram incluídos no sistema os laudos dos exames de necropsia com informações das causas das mortes e suposta violência sexual”, disse.

E completa: “Tanto a mãe quanto o padrasto foram ouvidos formalmente, sendo que seus depoimentos foram convergentes no sentido da principal tese: morte de Sofia praticada por Rayan e morte deste praticada por traficantes não identificados.”

O delegado esclarece que no depoimento foi citado o encontro de um relógio pertencente a Rayan na cena do crime. “O reconhecimento de tal objeto pelos moradores locais teria apontado Rayan como o autor da morte de Sofia. Pelos depoimentos prestados, percebe-se ter havido um ‘julgamento’ pelos integrantes do tráfico local. Entretanto, tal objeto não foi localizado pelas equipes de policiais. Ainda haverá oitivas de outras testemunhas para confirmar as apurações iniciais e descartar a participação de terceiros na morte da criança”, finalizou Carlos Augusto Guimarães.

O corpo de Sofia foi enterrado na tarde de terça-feira (12), no cemitério do Caju (leia aqui).