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Baile da Vogue 2024

Pelo segundo ano consecutivo, Igor Gomes, fotógrafo campista, se destaca na cobertura do evento, clicando divas como Luiza Brunet

People
Por Coluna do Josh
18 de fevereiro de 2024 - 0h01
Luiza Brunet (Fotos: Igor Gomes)

O Baile da Vogue é o evento mais fashionista do país e já faz parte do calendário anual de quem aprecia e vivencia o universo da moda. Pela quarta vez consecutiva, em um “match” perfeito, teve como locação a bossa e a elegância do hotel mais famoso do Brasil, o Copacabana Palace.

Abrindo a temporada de pré-carnaval com altíssimo estilo, no dia 3 de fevereiro, sábado, o Baile reuniu centenas de artistas, profissionais da moda, personalidades da mídia, redes sociais e do universo empresarial do país em uma noite que esbanjou glamour e criatividade. O tema deste ano foi “Galáctika”, um convite para usar e abusar de tudo que remete ao universo, às estrelas e ao cosmos. Como era de se esperar, a noite foi repleta de looks super criativos, divertidos, inusitados e, logicamente, com muitas referências e informações de moda.

Igor Gomes (Foto: Gabriel Mothé)

Igor Gomes
O fotógrafo campista Igor Gomes, de 27 anos, com mais de 10 anos de carreira, já fotografou em 10 países e vem conquistando cada vez mais notoriedade em nível nacional. Ele brilhou pelo segundo ano consecutivo na cobertura fotográfica do Baile da Vogue. Em meio a dezenas de profissionais do audiovisual de todo o país, Igor chamou a atenção dos artistas que fotografou pela sua entrega de altíssimo nível, com alta qualidade fotográfica, traquejo na direção e um talento para moda, característica forte em seu trabalho.

“Este ano foi o meu segundo Baile da Vogue, o evento mais aguardado, reunindo diversas celebridades e influencers com looks extravagantes e inovadores. A fotografia de moda sempre foi minha maior inspiração e, no Baile da Vogue, consigo imprimir minha identidade como fotógrafo, registrando grandes personalidades. O pós-evento é único, com meu trabalho sendo visto por milhares de pessoas, inclusive artistas. O reconhecimento é gratificante, como quando minha foto foi repostada por Luiza Brunet, após registrar seu look impecável. O Baile da Vogue representa a oportunidade de sair da zona de conforto e alcançar reconhecimento profissional.”, destaca Igor. 

Luiza Brunet
Após a repercussão da foto de Igor, que não só foi repostada no Instagram, mas também compartilhada em uma publicação em collab com Luiza Brunet, o J3News entrou em contato com a artista para realizar uma entrevista exclusiva. Luiza Brunet é um ícone da moda do país e uma referência atemporal da beleza da mulher brasileira. Nesse bate-papo, a musa falou sobre o Baile da Vogue 2024 e um pouco da sua brilhante trajetória na moda até aqui.

Para o tema “Galáctika” do Baile da Vogue 2024, quais foram as inspirações para a escolha do seu look?
Eu não uso muito fantasia, então nunca me preocupo muito com o tema do baile, no sentido de fazer fantasia de acordo com o tema. Eu procuro estar sempre com a roupa que me sinta confortável. Eu sempre escolho uma roupa que seja mais de black tie. Eu acho que você fica menos over. Eu acho que a fantasia muitas vezes… Se ela não for muito bem feita e não for uma coisa incrível, eu não curto muito. Então, eu prefiro realmente optar por uma roupa black tie, porque você vai estar sempre elegante e atemporal. É o que eu prezo.

Quantas edições do Baile você já participou? Alguma edição que gostaria de destacar?
Eu já participei da maioria dos bailes da Vogue e todos os que eu participei foram incríveis, justamente por isso. Os primeiros foram em São Paulo, depois passaram a ser no Rio de Janeiro. É justamente a espera, a temática foi uma coisa escolhida de alguns anos para cá. Antigamente era um baile black tie só. A fantasia e o black tie não eram temáticos, não é? Você podia colocar uma fantasia à sua escolha ou black tie. Hoje em dia já é temático, o que também é bom, você tem toda a decoração em cima do tema. Então, todos os bailes que eu fui eu ressalto que foram maravilhosos. É um baile cuidado, é um baile que vale a pena a gente se esforçar para fazer uma produção bonita e participar. 

Você é um dos principais nomes da moda brasileira dos anos 80 e 90. Quais transformações você percebe que a moda sofreu de lá para cá? No aspecto estético, comercial e comportamental.
A moda se tornou mais “democrática”. Acho que entrou muito a questão no Brasil da globalização. A gente tem acesso a todas as marcas no Brasil. Mas acho que sempre o estilo pessoal de cada um, em minha opinião, deve ser preservado. Não gosto muito das pessoas que se tornam vítimas da moda e têm que estar usando o que é a moda ditada na temporada. Acho que isso é uma perda de tempo, um investimento errado. Eu sempre priorizo mais, quando faço as minhas falas, e no meu próprio dia a dia, de você ter peças confortáveis, atemporais e clássicas, que elas jamais vão sair de moda, e você vai estar sempre elegante, bem vestida por muito tempo. As minhas roupas eu preservo bastante. Tem roupas bem antigas que uso até hoje, justamente por isso, por esse comportamento de priorizar roupas confortáveis e de boa qualidade. Mas, assim, quando você fala a questão da mudança que sofreu, são os estilistas novos, com uma capacidade extraordinária de criar coisas incríveis. Muitas vezes não são nem confortáveis, mas impactam muito na foto e nos desfiles, seja no Brasil ou fora do Brasil. Então, acho que é preciso prestar atenção nisso. Cada um tem seus estilos mais extravagantes, os mais discretos, os mais elegantes, e tem espaço para todo mundo. E a moda sendo “democrática”, também é bom porque não existe mais julgamento, a gente tem que respeitar as escolhas de todo mundo.

Como é ser, até os dias de hoje, uma das maiores referências da beleza da mulher brasileira?
Acho que as referências se tornam pelo comportamento que você prioriza ao longo da sua vida e ser lembrada por isso. Temos, por exemplo, a Fernanda Montenegro, uma atriz com 94 anos. É uma mulher que é sempre citada como uma das grandes atrizes, sempre teve papéis de excelente qualidade, ela nunca se expôs, ela tem uma vida maravilhosa, tudo que ela faz é embasado na cultura, na educação, e isso faz com que ela se torne uma pessoa, um grande referencial de mulher, independente da profissão, uma pessoa de bem, uma pessoa que traz conforto para nós quando a gente a ouve falar, a gente adora ver ela na novela, porque ela está sempre com muita classe. Então, as pessoas que têm um comportamento determinado e levam para o resto da vida, elas se tornam ícones e são lembradas, como a Rita Lee, enfim, tantas mulheres… A apresentadora Hebe Camargo… são as referências que a gente tem. Então, fazer parte desse grupo que é seleto é maravilhoso, justamente porque acho que tive uma história de modelo no começo do ano de 1979. E a minha carreira foi muito longa, sempre tive a oportunidade de fazer coisas boas e poder escolher, e você vai deixando esse legado cada vez mais fortalecido. Então, me sinto muito confortável, muito feliz de que tenha feito a coisa certa no momento certo e tenho respeito pelas pessoas hoje em dia como uma referência de mulher, de modelo, de mãe. Hoje, estou transitando nas questões sociais de direitos humanos a favor das mulheres por conta das violências que sofri. Decidi, na idade madura, me tornar uma ativista dos direitos das mulheres. E aí você vai transformando a sua vida em etapas. Isso faz com que você, no futuro, seja lembrado de uma carreira, uma história que complementa, vamos nos complementando, porque envelhecer não é fácil, mas é possível você envelhecer com dignidade e ter conquista, não importa a idade que você tenha. Basta que você corra atrás e queira fazer a diferença.