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IMTT avalia queixas sobre ciclofaixas em Campos

Presidente do órgão municipal, Nelson Godá, defende implementação e execução das mudanças no trânsito

Cidade
Por Ocinei Trindade
27 de janeiro de 2024 - 8h00

Presidente do IMTT, Nelson Godá (Arquivo)

Durante esta semana, a reportagem especial do J3News, “Ciclofaixas dividem opinião na cidade” (clique aqui) aborda as medidas executadas pela Prefeitura de Campos dos Goytacazes por meio do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), com criação de vias exclusivas para ciclistas. O presidente do órgão, Nelson Godá, avalia a implementação das ciclofaixas e reclamações por parte de motoristas e comerciantes. Segundo ele, o projeto foi bem executado e atende às exigências do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

O governo municipal tem implantado com o IMTT a instalação de ciclofaixas em algumas vias centrais Elas diferem em tamanho e extensão. Por quê? Como o IMTT observa nestes primeiros momentos o trânsito na cidade com as medidas?

Os tamanhos, na verdade, todos estão de acordo com a regulamentação do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Tem a resolução do Contran que estabeleceu as diretrizes e o IMTT segue. Nenhum tamanho está fora de conformidade.

Dependendo do tamanho de cada via, para ter a composição, inclusive, com o meio fio e a quantidade de faixas. Há alguns ajustes na largura, bem como em algumas vias. O IMTT tem implementado a ciclofaixa sentido bidirecional. Por isso que aparenta ter um espaço maior para algumas pessoas. Mas, na verdade, a ciclofaixa também atende aos dois sentidos de tráfego dos ciclistas. Então, para poder compor esses dois sentidos, um espaço segmentado para cada sentido.

Há vias como Beira-Valão, Voluntários da Pátria e Conselheiro José Fernandes que ainda não possuem ciclofaixas. Elas estão inseridas no projeto do IMTT?

As ruas Conselheiro José Fernandes e Voluntários da Pátria não estão no cronograma para a implantação de ciclofaixa.

A gestão Wladimir anunciou em 2021 o projeto “Vaga Certa”, mas até hoje não foi colocado em prática. Com a ampliação das ciclofaixas, o número de vagas nas ruas só diminuiu. Há muita insatisfação de moradores e comerciantes quanto à perda de vagas. O que o governo tem a dizer? 

Foi feito um estudo para a implantação do Vaga Certa, que era o estacionamento rotativo. Contudo, como o IMTT precisou adequar a concepção das vias, inclusive, para atender ao Plano Diretor, ao Plano de Mobilidade Urbana, no momento está fazendo essa implantação, além da requalificação de ciclofaixas. Por isso, o órgão preferiu aguardar para a implantação do Vaga Certa após o término das obras de recapeamento da área central e o redesenho da malha viária da cidade, para assim, efetivar uma concessão da operação desse sistema, e não causar conflitos com a futura concessionária, bem como mal dimensionar o número de vagas. Ainda assim, aponta o IMTT, a redução não gera impacto para a questão de estacionamento se não houver vias da cidade.

Irregularidades e uso inadequado das ciclofaixas da cidade (Fotos Josh)

A criação de novas faixas para ciclistas não afeta e não gera dificuldades de acesso de clientes ao comércio local. Até porque, os estudos de contagem já apontam um crescimento da circulação de ciclistas, que são consumidores em potencial. Estudos no mundo inteiro apontam isso. Um incremento no comércio nas cidades onde foram implementadas ciclofaixas, ciclovias e medidas de segurança que permitam a fluidez dos ciclistas. Muitas das vezes as áreas de estacionamento em frente aos comércios da cidade eram ocupadas por veículos que ficavam estacionados ao longo de todo o dia, não gerando rotatividade para que as pessoas pudessem parar para poder se utilizar do comércio.

Com as ciclofaixas, parar o carro mesmo que rapidamente ficou difícil. Isso ocorre com taxis, carros de aplicativos, entregadores de produtos, estudantes em escolas. O projeto foi bem executado?  Como avalia?

O projeto foi excepcionalmente bem executado. Atendendo aos ditames, inclusive, do Plano Diretor, o Plano de Mobilidade Urbana do Município. E o princípio de que a via é para todos, para trafegabilidade e o uso de todos, sejam motoristas, ciclistas, motociclistas e pedestres. Existem locais próprios para carga e descarga de objetos, para estacionamento. O trânsito passou a ter uma melhoria, uma maior fluidez. E isso não gerou prejuízo de área de estacionamentos que ainda assim tem uma enorme quantidade na área central.

Ciclofaixa da Rua Tenente Coronel Cardoso (Formosa)

O IMTT tem visto em algumas avenidas que em determinadas vias que foram implantadas a ciclofaixa, ou elas foram requalificadas ou se tornaram bidirecional, melhorando a fluidez do trânsito e com acréscimo inclusivo da circulação de bicicletas. O IMTT já realizou algumas contagens em alguns trechos do dia, ao longo da semana, em diferentes dias, que possibilitaram avaliar que já houve um crescimento, inclusive, de circulação nas ciclofaixas em torno de cerca de 35%. E o trânsito também começou a ter mais fluidez, porque permitiu diminuir algumas retenções, com a questão de alguns estacionamentos em fila dupla, inclusive.

Como situar ainda pedestres e outros atores que se movimentam no trânsito da cidade? Há campanha de orientação prevista?

O IMTT faz ao longo do ano inteiro diversas campanhas de educação e conscientização sobre as questões de segurança nas vias do município. Alertando para a questão do local de onde atravessar, respeitar a sinalização, respeitar os limites de velocidade, respeitar o compartilhamento da via com todos os seus atores, sejam eles motoristas, motociclistas, ciclistas ou pedestres. O IMTT busca conscientizar, inclusive, com apoio da GCM, que também faz diversas campanhas educativas de orientação sobre o convívio nessa área da cidade e suas vias.

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