Funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviço para a Petrobras em plataformas da Bacia de Campos, cruzam os braços por 24h nesta terça-feira (29). Os trabalhadores, que atuam na área de manutenção, montagem, construção e limpeza de industriais tanto offshore quanto onshore, reivindicam reajuste salarial de 30% para recompor perdas dos últimos quatro anos. As empresas, no entanto, oferecem 2,72% de aumento. De acordo com a Petrobras, as plataformas seguem operando normalmente e não houve impacto na produção.
Ao longo do dia, os grevistas que se encontram em terra se concentraram na praça Washington Luiz, no Centro de Macaé. A paralisação foi aprovada em assembleia ocorrida no último dia 13 e tem caráter de advertência. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores em Pintura, Montagem Industrial e Construção Civil (Sintpicc), que representa a categoria, não descarta a possibilidade de greve por prazo indeterminado caso não haja uma proposta mais atrativa.
De acordo com o advogado do Sintpicc, Leandro Lessa, os grevistas trabalham em mais de 30 terceirizadas, que atuam em um número igual de plataformas e são representadas nas negociações pelo Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial (Sindemon).
“O mesmo Sindemon que ofereceu 9,25% de reajuste em Caxias oferece 2,72% em Macaé. A categoria exige respeito. De maneira que essa greve tem o objetivo de alertar as empresas. Caso o sindicato patronal não volte à mesa de negociação com algo melhor, pode haver greve por tempo indeterminado”, afirma.
Em nota a Petrobras informou que “no desenvolvimento de suas atividades realiza a contratação de empresas prestadoras de serviços e que não interfere nas relações entre as empresas contratadas, seus trabalhadores e sindicatos. A companhia reforça que todos os seus contratos de serviço estão em conformidade com a legislação vigente”.
Um vídeo mostrando trabalhadores paralisados na P-43 viralizou nas redes sociais. Veja:
