Com o slogan “Não esqueça, no Carnaval e na vida, não é não!, o J3News promove uma campanha de conscientização contra a importunação sexual no Carnaval. Nessa época, quando as pessoas estão curtindo as festas, os relatos de importunação são muitos. As maiores vítimas são as mulheres. A importunação sexual é crime, com pena prevista de 1 a 5 anos. A campanha será veiculada no site, no impresso e na J3News TV.
O diretor geral do Sistema de Comunicação J3News, Fábio Paes, apoiou a ideia da campanha por entender que esse tipo de comportamento não cabe mais na sociedade, e que é necessário chamar a atenção de todas as formas possíveis para que as pessoas tenham esse entendimento. “Não esqueça, no Carnaval e na vida, não é não!”, ressalta Fábio.
A gerente comercial do J3News Laisa Muniz chama atenção para a importância da campanha: “Apesar de ser um assunto ‘antigo’ e que já deveria ser claro para todos, a importunação sexual é algo que precisa ser sempre relembrada e discutida por todos. Nesse sentido, o Sistema J3News estará ativo e atuante na campanha do ‘Não é Não’, para que possamos aproveitar o carnaval com mais tranquilidade e respeito. Cada um fazendo a sua parte para a conscientização de todos!”, diz Laisa.
Em nota, o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM) Mercedes Baptista informou que ” A frase ‘não é não’ é uma mensagem clara de que o assédio sexual não é aceitável e que as pessoas têm o direito de dizer não a qualquer comportamento sexual inapropriado. Isso significa que, se uma pessoa diz não a um comportamento sexual, não há lugar para insistência ou argumentação. A vontade da pessoa deve ser respeitada sempre. Além disso, é importante que todos nós estejamos cientes de nossos próprios comportamentos e respeitemos o ‘não é não’ das outras pessoas. Se você é vítima de assédio sexual, não hesite em procurar ajuda e denunciar o incidente às autoridades responsáveis. Juntos, podemos erradicar o assédio sexual e construir uma sociedade mais segura e respeitosa para todos”.
Como surgiu o movimento?
A campanha do “Não é Não” surgiu em 2017, no Rio de Janeiro, com um grupo de amigas que, foram importunadas sexualmente numa roda de samba e decidiram distribuir tatuagens temporárias com a frase do movimento para chamar a atenção para o problema da naturalização do assédio na sociedade.
Casos de violência contra a mulher no Estado
O registro oficial de casos de violência contra a mulher no estado do Rio de Janeiro está defasado, mas os números disponíveis apontam tendência de aumento nos últimos anos. Dados da Polícia Civil, obtidos pelo Jornal O Globo via Lei de Acesso à Informação e divulgados divulgados em outubro de 2022, mostraram aumento de 30% no total de vítimas de importunação sexual nos cinco primeiros meses do ano passado, em relação ao mesmo período de 2021. Foram 554 vítimas no estado, 56 delas importunadas no transporte público.
De acordo com o Dossiê Mulher 2021, uma mulher foi vítima de alguma violência a cada 5 minutos no Estado do Rio de Janeiro. O documento é a edição mais recente de pesquisa sobre violência contra mulheres divulgada anualmente pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) e tem como base dados relativos ao ano de 2020.
Ainda segundo o Dossiê Mulher 2021, a cada 24h 91 mulheres foram vítimas de lesão corporal dolosa, 83 sofreram ameaça, 53 foram vítimas de injúria e 11 sofreram estupro.
Rede de proteção à mulher em Campos
Campos conta, desde setembro de 2021, com o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM) Mercedes Baptista, que funciona na rua dos Goitacazes, número 257, no Centro, e oferece atendimento psicossocial às mulheres vítimas de violência.
O Município tem, também, uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), que funciona 24 horas, todos os dias, nos altos da 134ª DP (Centro), na rua Barão Miracema, número 231.
Além do CEAM e da DEAM, a rede de proteção à mulher em Campos é composta por: subsecretaria de Políticas para as Mulheres; Casa Benta Pereira, unidade de acolhimento sob sigilo que atende mulheres vítimas de violência; Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim); Patrulha Maria da Penha; núcleos do Centro de Referência Especializado em Serviço Social (Creas); e a Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar, além de Promotoria de Justiça e Defensoria Pública.
Canais de denúncia
Denúncias de casos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio do Disque 100, serviço de atendimento telefônico gratuito, sigiloso e que funciona 24 horas, todos os dias, inclusive, aos sábados, domingos e feriados, além dos conselhos tutelares divididos por territórios, onde devem ser feitas denúncias de violação de direito das crianças e adolescentes.