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Dayane Santana – Arquiteta e designer de interiores

Com mais de 40 mil seguidores no Instagram, a profissional se destaca também como influenciadora digital

Geral
Por Redação
19 de dezembro de 2022 - 5h11

Aos 32 anos, Dayane de Souza Santana está em bastante evidência há uma década por conta do “Escritório de Arquitetura e Interiores Dayane Santana” que administra. Formada em Arquitetura e Urbanismo pelo Isecensa, é especializada em Design de Interiores. Casada há 8 anos com Roberto Pessanha, eles são pais da pequena Felícia, de três anos. Na empresa, Dayane conta com uma equipe de cinco profissionais. Suas atividades como mãe e empresária têm se expandido cada vez mais.

Dayane Santana tem se dedicado, ainda, a produzir conteúdos digitais para suas redes sociais, como o Instagram. Só nesta plataforma ela conta com mais de 40 mil seguidores. “A minha paixão em compartilhar meus conhecimentos e experiências em obras cresceu e se multiplicou. Meu público ama absorver todo esse material, e também um pouco da minha vida pessoal”, destaca. Nesta entrevista, a arquiteta e influenciadora digital aborda diferentes temas de sua trajetória.

Por que decidiu estudar Arquitetura?
A Arquitetura surgiu como opção de formação em meu último ano do ensino médio. Foi uma grande surpresa, e, ao mesmo tempo, um estalo de desejo que nunca mais saiu de minha cabeça.

Quais são os principais desafios para o futuro?
Muitos. Crescer é sempre um desafio. Procuro estar sempre em crescimento, como profissional e também como pessoa.

Como seria, para você, o mundo sem Arquitetura?
Prefiro pensar em coisas possíveis, não podemos retroceder. Então, seria mais favorável pensar como seria o mundo com uma Arquitetura de extrema qualidade. A Arquitetura tem o poder de elevar a qualidade de vida das pessoas, e isso é incrível de se imaginar.

O que você mais gosta na Arquitetura?
Ser arquiteta é um grande presente. Primeiramente, o que me fascina é conhecer pessoas, famílias encantadoras e que sempre me trazem experiências incríveis. Em segundo está o desenvolvimento dos projetos, levar para essas pessoas construções e ambientes que possam elevar sua qualidade de vida.

Como você lida com as constantes atualizações da sua área, com as tendências e também com o retorno de algumas práticas mais antigas? É possível arriscar sempre, usar a criatividade ou o seu lema é fazer o básico bem feito?
As atualizações na minha área são bem constantes, mas precisamos filtrar bem esses elementos e onde vamos aplicar. Em ambientes comerciais, podemos ousar mais e trazer elementos de surpresa. Os usuários daquele espaço são passageiros e amam se encantar. Além disso, o ambiente comercial está em constante mudança, logo é mais viável a aplicação de elementos de tendência.

Em residências, estamos sempre modernizando, mas não sou favorável ao uso de “elementos da modinha”. Uma casa precisa refletir a identidade de seu proprietário, desde as linhas da fachada até os elementos de acabamento final, fazendo dessa construção um elemento único e constante. Gosto de usar a criatividade sempre. Cada projeto é único, mas, dentro da minha criatividade, faço sempre um balanço com o básico. O meu básico vem através do uso de acabamentos naturais, como madeira e pedra, e bases lisas para que a personalidade de meu cliente sobressaia, e a casa ganhe vida e estilo próprio.

O básico bem feito tem um valor incrível, mas muitas pessoas confundem o básico com o sem graça. Ter uma casa toda branca é básico, mas se você aplicar obras de arte, fotografias memoráveis, livros e toda sua história, ela se transforma em uma casa incrível. Digo que uma casa básica pede um morador de personalidade forte.

Quem e quais são suas principais inspirações?
Eu uso muito todo o conforto e leveza que a natureza me traz para me inspirar. A Arquitetura está presente em todos os momentos de nossas vidas. Em todo ambiente bem projetado, a arte da Arquitetura é sentida e vivida.

Até que ponto consegue separar o olhar de Dayane e o olhar da arquiteta Dayane frente à vida e às arquiteturas que visita ou frequenta?
Impossível separar. Meu olhar sempre vai em todos os elementos que remetem à Arquitetura. Dessa forma, treino o olhar e as sensações que os ambientes e construções transmitem. Viajar e conhecer novos lugares são sempre um grande estudo de caso.

Assumir uma profissão não é tarefa fácil. Não basta apenas se desligar da universidade. É preciso ter todo um preparo para empreender, saber administrar e executar de fato o seu trabalho. Como foram estes desafios ao sair da faculdade?
Não foi fácil. Para mim, é a pior parte. Não gosto de me envolver com a burocracia que toda empresa necessita ter, mas não tenho muita escolha, essa é a verdade. Tudo vai ficando mais agradável quando montamos os processos do escritório e as etapas necessárias para o sucesso de um projeto.

Se pudesse dar dicas às mais novas gerações de arquitetos, algo que você só sabe por causa da experiência, o que você diria?
Façam cursos complementares de administração de escritório no decorrer da faculdade. Mesmo que tenhamos equipe de administrativo, RH e contabilidade, nos primeiros anos de formado é fundamental ter uma ideia de todos esses processos. Separar momentos específicos para desenvolver essas atividades é importante. Assim, a mente no momento do desenvolvimento do projeto fica totalmente livre para criar.

Se não fosse arquiteta, seria…
Empresária no ramo comercial. Adoro vender. Sou de uma família de muitos comerciantes.

Como você vê a Arquitetura nas próximas décadas?
A Arquitetura vem se modernizando em dois sentidos: tecnológico e ambiental. Acredito em uma fusão maior entre esses dois meios, para que as construções tenham uma diminuição representativa em quantidade de resíduos gerados em uma obra.