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Gratidão à “Persona Grata”

Uma homenagem do Jornal Terceira Via ao querido Candinho Vasconcellos

Geral
Por Redação
18 de setembro de 2022 - 0h03

Mais do que uma “Persona Grata” em todos os sentidos, Candinho Vasconcellos, que já é saudade, personificou nos seus 65 anos vividos e interrompidos, na quarta-feira (11), os melhores gestos que traçam o perfil de uma personalidade ímpar e plural, palavras antagônicas, mas que cabem na mesma frase quando dele se trata.
Candinho era uma pessoa de detalhes, casual ou de terno e gravata. Alinhava sua imagem e suas ideias com uma elegância discreta, dessas que não se vê em qualquer esquina, nem das mais famosas de São Paulo, onde se despediu da vida lutando por ela.
Sua coluna Persona, no Jornal Terceira Via, homenageava vultos da sociedade. Hoje, materialmente oculto, sua página está presente de forma definitiva ainda, na certeza de que já está em outro plano, em outra vida, onde certamente sua alma foi bem-vinda.


Impecável em gestos e palavras. Moldava cada uma delas – as palavras -, como se fossem costuradas, sem nenhum remendo. Persona antenada com o seu tempo, celebrada por uma imensa legião de amigos que postaram, cada um ao seu estilo, imagens e texto nas redes sociais, não em tom de despedida, mas como quem diz um até mais.


Personificado com seu melhor conteúdo, Candinho Vasconcellos era praticamente um cidadão do mundo, e provou isso trazendo a Campos pessoas importantes do seu rol de amizades, como a atriz Fernanda Montenegro, e isso não chega à metade do seu feito.
Com seu texto personalizado, Candinho dublava em legendas a fotografia do comportamento das pessoas, cada uma ao seu tempo. Retratava fatos, onde o relevante não era a superfície, mas a profundidade. Se acentuarmos o “Cândido”, seu nome, é possível encontrar nos dicionários palavras como pureza e leveza.
Não é para se despedir, mas para agradecer a honra da convivência com essa Persona, terna e eterna.

O adeus
O jornalista Candinho Vasconcellos morreu em um hospital de São Paulo, na quarta-feira (14), onde estava internado para tratar de um câncer no intestino. O corpo foi transladado para Campos, velado na quinta-feira (15) e sepultado na sexta-feira (16) no Cemitério do Caju. Ele tinha 65 anos e formou-se em Comunicação Social na então Faculdade de Filosofia de Campos. Antes do Jornal Terceira Via, foi colunista social do extinto jornal O Diário.

“Era uma pessoa que colecionava amigos e fico feliz e honrado de estar entre eles, penso eu. Candinho era uma leitura prazerosa e obrigatória, sendo dono de um estilo muito raro que fará falta. Sabia como poucos olhar no retrovisor e reapresentar personalidades do nosso universo com fidelidade. Era detalhista e extremamente organizado no que fazia, quer na imprensa ou em eventos. Certamente está em outro plano fazendo novos e bons planos. Ao usar o termo irreparável para definir essa perda, meio que protocolar, tentei abraçar  tudo que é impossível de se reparar. Ele era reparado e admirado. Perdemos!”,  Edvar Chagas Junior, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos

Candinho escrevia com maestria, decorava festas como poucos e era amigo de todas as horas. Aprendi em todos esses anos em que ele trabalhou comigo, tanto aqui no Terceira Via, quanto no extinto O Diário. Era um gentleman, sinônimo de elegância no vestir, falar e no ser… O colunismo social e o universo das festas perdem e só quem ganha é o céu”, Fábio Paes, diretor geral do Sistema de Comunicação Terceira Via.

Lamentamos a perda do jornalista Candinho Vasconcellos e desejamos que Deus conforte a família e amigos nesse momento. O Candinho era muito amigo de nossa família, gostava muito de minha mãe Rosinha, da minha esposa Tassiana, era um querido. Candinho foi um profissional apaixonado por contar histórias de gente de nossa terra e uma pessoa agradável com todos, sempre educada, gentil e de postura elegante e respeitável”, prefeito Wladimir Garotinho.

O céu recebeu na quinta-feira uma estrela do bem, ‘classuda’ e extremamente educada. Não éramos amigos íntimos. Mas, havia o essencial em qualquer relação: respeito. Éramos colegas em duas empresas que trabalhávamos juntos, na mesma profissão. Sempre cordial e muito solícito, me tratava com muito carinho também. Candinho, tenho certeza que Deus o recebeu com coração aberto. Até qualquer hora, querido!”, Fábio Abud, apresentador e colunista do Terceira Via.

Com Candinho eu aprendi muitas coisas, dentre elas a me firmar na fé quando faltar o chão para sustentar o corpo e a alma. Que homem de fé! Um grande amigo dos amigos e um apaixonado pela família. Sincero aos extremos. Vivemos bons momentos, boas conversas e ótimas gargalhadas, que serão eternizadas na memória. Tinha um humor peculiar e uma forma de amar bem fraternal, com direito a dedicar, na intimidade, assuntos, nomes e palavras divertidas, criativas, que pertenciam ao vocabulário do seu universo particular. Rigoroso e responsável ser humano quando o assunto era trabalho, tanto como decorador de memoráveis festas, quanto profissional da imprensa. Tudo tinha intensidade e seu DNA elegante do ser e saber viver. Fará muita falta a todos que tiveram o privilégio de sua fiel companhia. Que Deus o tenha em lindo e merecido lugar. Beijos pro céu!”¸ Frederico Silva, amigo e colega de trabalho.

Candinho Vasconcellos fazia parte do time de colunistas do Terceira Via e o seu falecimento representa uma grande perda para o jornal. Além de colunista, era também um ótimo decorador de festas na cidade. Não tínhamos tanta intimidade no lado pessoal, mas no profissional nos dávamos muito bem e ele sempre foi cordial comigo. Que ele descanse na paz do Senhor!”, Hermínia Sepulveda, colunista do Terceira Via.

Ele teve essa ideia de resumir os melhores momentos do seu trabalho no Terceira Via durante a pandemia. Por várias vezes, nos falamos ao telefone sobre isso. Acabou, creio eu, que ele não consolidou o livro nem eu o prefácio da obra que pretendia lançar. Ele tem essa dívida comigo e eu com ele. Elegância seria a palavra-chave do prefácio, o resumo do seu corpo e certamente de sua alma, pois considero raro manter a elegância nos dois ao mesmo tempo, e ele conseguiu até o final”,  Aloysio Balbi, jornalista.

Atravessou o rio, depois de uma longa luta pela vida. Como assim, ficar sem sua energia, seu olhar crítico, sua doce amizade construída na infância, quando começamos a descobrir o mundo na Rua 7 de Setembro e arredores? Quem vai me chamar de Silvia Maria? Quem vai me fazer rir por nada? Quem vai? Não, Candinho, a gente não sabe de nada, principalmente sobre o mistério insolúvel que é essa vida louca, essa vida breve que nos é dada e tirada, sem nos pedir licença. Não sabemos… só sei que a sua partida deixa a mim, seus amigos e família inconsoláveis. Que o Universo o receba com luz, amor, aconchego e, se possível, com um coro de passarinhos, regido pelos seus entes queridos que o estão esperando para o grande reencontro. Que assim seja, meu amigo querido”, Silvia Salgado, jornalista que trabalhou com Candinho no jornal O Diário.

Um ser humano pronto para ajudar. Voz baixa, sempre com sua calma inabalável, atencioso e carinhoso. Um amigo que se tornou família. Sabia e ensinava como recepcionar nos grandes eventos, em casa e no dia a dia. Uma pessoa que transmitia uma energia muito boa por onde passava. Ele era do Bem. Vamos sentir muita falta de sua presença física nas festas, nos almoços e jantares e, principalmente, aos domingos, no jornal. Mas, mesmo assim, ele se fará presente, nos momentos de comemoração e de alegria. Ele é luz”, Martha Henriques, diretora-executiva do Grupo IMNE.