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Vídeo que pede justiça pela morte da pequena Geovanna passa de mil visualizações

Carro da família foi atingido por Hillux em alta velocidade na contramão em Donana, na noite de 26 de dezembro

Geral
Por Redação
2 de janeiro de 2022 - 16h18
Vídeo foi postado no Youtube e nas redes sociais

Já tem mais de mil visualizações um vídeo que pede justiça pela morte da pequena Geovanna Alves de Araújo Peixoto, de 1 ano, vítima de um acidente na noite de 26 de dezembro, na Rodovia RJ-216, em Donana, Campos. Os pais da menina passaram por cirurgia e continuam internados. A família quer punição para o motorista de uma Hillux que estava na contramão da rodovia e atingiu o Voyage em que Geovanna viajava e bateu também em uma motocicleta. O condutor é identificado pelas iniciais M. A. C. S. e seria enfermeiro.

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Segundo a família de Geovanna, o homem estaria bêbado e teria sido protegido dentro do Hospital Ferreira Machado (HFM). “Todos viram como ele se comportava na hora do acidente, gritando que a vida era bela, de cueca, dentro da ambulância do Corpo de Bombeiros. Ele foi levado para o hospital e protegido pelos colegas porque ele trabalha lá. A médica que o atendeu disse à polícia que ele não estava embriagado e o próprio policial nos disse que não conseguiu informações suficientes dentro do hospital. Por isso, ele não foi preso”, contou a tia de Geovanna, a autônoma Veruska Alves de Medeiros Mesquita, de 48 anos.

O vídeo foi publicado no youtube e nas redes sociais da família com a hashtag Justiça por Geovanna. “Eu não gosto de aparecer e expor a minha família, mas não tive alternativas frente a um descaso desses. Este homem destruiu uma família e está impune. Isso não pode ficar assim. Vamos até o fim”, afirma Veruska.

Família reunida na noite de Natal – Foto: divulgação

Estado de saúde dos feridos

Os pais de Geovanna continuam internados. O autônomo Jairo Vieira Peixoto completou 30 anos internado no Hospital Ferreira Machado, no dia 31 de dezembro, último dia de 2021. Segundo a família, ele está com uma hemorragia interna e deve passar por cirurgia na próxima semana. Para isto, a família apela por doação de sangue de qualquer tipo direcionada a Jairo, que está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Está faltando medicamentos e insumos no hospital e a família se ofereceu para comprar para que Jairo não seja desassistido. A situação do hospital está precária, como se não bastasse essa proteção ao motorista causador do acidente. A polícia está se empenhando, mas no hospital, ele foi protegido”, reclama Veruska.

Já a mãe de Geovanna, a enfermeira desempregada Romilca Raline Alves de Araújo Peixoto, de 29 anos, foi transferida do HFM para o Hospital Dr. Beda e passou por uma cirurgia na bacia e está em observação. “Ela diz que está anestesiada, não sente dor no corpo, mas na alma pela perda da filha”. Romilca é Potiguar, nasceu em Natal e veio morar com os pais em Campos quando ainda era criança. Além de Geovanna e do casal, havia no carro da família uma ocupante, amiga da família, que também foi levada para o HFM.

Hillux atingiu Voyage e motocicleta

Sobre o acidente

A família tinha saído de uma igreja Presbiteriana, no distrito de Goytacazes, e seguia para casa no parque Varandas do Visconde perto do Parque Tropical. “O culto acabou mais cedo, mas eles ficaram lanchando e organizando o culto da virada de ano que não puderam nem participar. Pensa numa forte dor. É o que estamos sentindo com tudo isso”.

Os carros envolvidos no acidente passarão por perícia. As causas do acidente estão sendo investigadas na 134ª Delegacia de Polícia do Centro de Campos. Segundo a Polícia, estão sendo aguardados os laudos periciais para finalização do relatório policial. A 134ª DP também informou que não foi realizado o teste de alcoolemia no motorista, devido ao fato dele ter sido hospitalizado após o acidente. 

Sobre Geovanna

Segundo Veruska, Geovanna foi uma criança muito desejada pelos pais e esperada por toda a família. Ela nasceu durante a pandemia e surpreendia por ser carinhosa e inteligente. A última vez que a família se reuniu antes do acidente foi na noite de Natal. “Minha irmã teve uma gestação tranquila. Foi tudo bem no pré-natal da Geovanna, mas ao nascer, a médica suspeitou de um problema respiratório e decidiu interná-la na UTI por precaução. Ela passou uma semana internada. Foi muito difícil lidar com a demora dela receber alta e chegar a casa.Mas ainda no hospital ela surpreendia a todos e foi apelidade de bebê gigante, porque nasceu grande e, mesmo na UTI, se desenvolveu muito rápido. Era uma criança muito inteligente, carinhosa, queria sempre estar no colo”, relembra Veruska.

O Jornal Terceira Via entrou em contato com a Prefeitura de Campos e com a assessoria de imprensa do HFM e aguarda o posicionamento sobre as denúncias apresentadas pela família de Geovanna.

Assista abaixo ao vídeo de apelo por Justiça

Justiça Por Geovanna – YouTube