Juliana e Mariana Maiolino – Nina Closet
A grande vontade de empreender levou as irmãs Juliana Maiolino e Mariana Maiolino a abrirem a loja online de roupas femininas Nina Closet, há pouco mais de um ano. A pandemia fez com que Juliana se afastasse do seu trabalho como psicóloga, por integrar o grupo de risco e, apesar de amar a profissão, se uniu à sua irmã, que é advogada em Belo Horizonte. Cada uma com sua aptidão, as irmãs inovam em prestar um atendimento mais que personalizado aos clientes. Juliana utiliza sua experiência na área de psicologia para buscar entender o que o cliente almeja. “O que a gente faz é resolver o problema do cliente. As vendas partem daqui e são entregues em todo o Brasil. Vendemos pelo site, pelo direct ou aplicativo de mensagem instantânea. Não tem preço ser procurada por clientes que perderam marido e filhos na pandemia e, por isto estavam de luto, usando apenas roupas pretas. Mas compartilham comigo que a partir dos produtos da nossa loja, voltaram a usar cores. Criamos, verdadeiramente, um relacionamento com os clientes”, afirma Juliana.
Diferencial – A loja tem o diferencial que é oferecer um showroom para o cliente. As irmãs alugam um espaço na avenida Pelinca onde expõem o closet. No local também e possível que as clientes conheçam as peças, as cores, as texturas e também experimentem.
Função social – Nas redes sociais, a Nina Closet abastece um espaço para apoio de produtos e serviços de suas parceiras, considerada uma das partes mais importantes do trabalho. Toda semana, as parceiras podem se expressar e divulgar o contato de amigas empreendedoras no espaço virtual da Nina, chamado post colaborativo. “Não somos concorrentes, somos parceiros. Não existe competição, existe irmandade. Tem sol para todo mundo”, comemora Juliana.
Mayara Rodrigues
Grupo Machado
Mayara Rodrigues Machado tem 21 anos, é estudante de administração e gere a reformadora Machado, uma recauchutadora de pneus que existe há 3 anos em Campos e é um braço da tradicional loja de pneus Machado que tem 22 anos – dos pais dela. A ideia de montar a recauchutadora surgiu da necessidade de Mayara exercer a administração na prática. “Casou com a necessidade do grupo Machado de ter uma reformadora já que a que prestava serviço para o nosso grupo há cinco anos fechou as portas e em Campos só tinha duas ou três lojas do segmento. Cresci nesse meio de pneus e me encaixei na área de reforma”, diz.
Um dos maiores desafios para Mayara é vencer os preconceitos que ainda existem no mercado. Dos 12 funcionários da reformadora, 11 são homens. A primeira mulher chegou há três meses. Mayara acredita que a mulher tem ganhado cada vez mais espaço, mas nesta área não é fácil ter que vencer, acima de tudo, o preconceito. Mayara conta que a maioria dos clientes é formada por homens e, apesar de toda sua abordagem técnica, Mayara se surpreende com posicionamentos machistas. “É quando o cliente não me dá ouvidos que isto acontece. Eles têm a necessidade de ouvir a palavra de um homem, apesar de todo meu conhecimento técnico na área. Já mudou muita coisa até aqui, como por exemplo, ter que provar menos o meu lugar e ter vindo desta família fortalece ainda mais a minha palavra, além da maturidade que adquiri.
Thamires Lopes
Sua História – Desde adolescente trabalhando com vendas, foi há dois anos e meio que Thamires Lopes virou empresária. A jovem empreendedora começou fabricando e vendendo acessórios femininos a partir de divulgação por redes sociais. Com o crescimento do negócio, ampliou e, agora, produz sua própria marca de calçados, que leva o peso do seu nome. Há dois anos, Thamires tinha 400 seguidores. Atualmente, são mais de 7 mil, crescimento que, segundo ela, se deve a parcerias e a muito trabalho. Com a produção acelerada, hoje, há bolsas e sapatos para pronta-entrega. A empresa também aceita encomendas.
Empreendedorismo feminino – “Adoro empreender e, desde que comecei, sempre pensei em crescer. Ainda quero abrir minha loja física pois além de vender meus produtos, da marca que desenvolvi, comercializo também calçados de outros fabricantes. Vejo, principalmente, nas mulheres essa vocação para empreender, conciliar a função que já possui no seio familiar com a vontade de trabalhar e conseguir a tão sonhada independência financeira. Pensando nisso, criei um grupo de associadas para meninas jovens que querem iniciar neste mercado de vendas. São mulheres que sonham em empreender, mas não possuem capital de giro para investir em um negócio próprio. Então as minhas associadas têm contato com o empreendedorismo, vendendo os meus produtos de forma independente, postando, conquistando suas clientes e recebendo por isto. Foi a forma que encontrei para ajudá-las e incentivar esta aptidão feminina.
Day Rodrigues
Day Trend
Day está há 25 anos no mercado comercial e só inova. Comanda a loja multimarcas Day Trend há 10 anos e há quatro presta consultoria comercial para o eixo Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo. É especialista em marketing e branding de imagem. “Esta foi minha virada de chave da Day empresária para a Day empreendedora porque estou sempre olhando para frente e identificando o que posso mudar e melhorar”, conta.
Day mora em Campos há 15 anos e, por não ter nascido aqui, ela afirma que precisou trabalhar bastante até consolidar sua imagem e sua marca e começou a trabalhar como supervisora de outros negócios. “Minha missão de vida é dividir competências, escalar negócios e gerar resultados, principalmente neste mercado digital e tecnológico que chegou para ficar e tem atraído cada vez mais consumidores e empreendedores”.
Mulheres empreendedoras – “As mulheres têm mudado o cenário comercial com a pulverização e pluraridade na sociedade esbanjando sororidade, a ajuda ao próximo e a força que cresce cada vez mais. As mulheres estão mais independentes e mais fortes, menos vítimas e com mais atitude e isto faz a diferença na multiplicação dos negócios e geração de resultados. Eu amo dividir meus conhecimentos, competência e amor com todos que desejam o mesmo que eu deste mundo, que é deixar um rastro positivo”.
Curso – Day está lançando um curso de liderança digital, entre os dias 23 e 26 de novembro. 80% das vagas já estão preenchidas.
Jéssica Chantre – Unité
Inspirada na força das mulheres de sua família, Jéssica Chantre seguiu os passos da bisavó, da avó e da mãe na carreira de cirurgiã dentista e, nesta área, tornou-se empreendedora em 2012, ao se formar. Mas não aprendeu as técnicas de gerir na faculdade. Para conquistar se espaço, fez diversos cursos sobre saúde e negócios e assistiu a inúmeras palestras, apesar de seu espírito empreendedor. “Quando fiz 18 anos minha mãe quis me dar um carro, como fez com todos os filhos, mas eu não quis, preferi que ela me desse o dinheiro para eu montar um negócio próprio. Sempre quis trabalhar e empreender e, depois de me formar, eu vi que este caminho viria pela minha profissão e veio”, conta.
Mulheres empreendedoras – Jéssica comemora o crescimento da mulher no mercado empreendedor do Brasil e, na sua carreira, conta que precisou romper paradigmas de que para ser cirurgiã dentista não é necessário ter a força bruta de um homem, mas ter conhecimento e prática. Além disso, afirma Jéssica, um posicionamento mais forte na sociedade é necessário para a mulher garantir cada vez mais seu espaço. “Meu esposo é engenheiro e me ajuda bastante e também tenho um irmão cirurgião dentista que vai ao consultório uma vez por semana fazer seus atendimentos. “Com tantas informações circulando e com tanta voz, nós, mulheres, estamos galgando lugares inacessíveis. Para trabalharmos com gestão de pessoas temos que nos empoderar mais para adquirir cada vez mais credibilidade dentro do que nos é solicitado. Tudo contribui para o sucesso do que a gente faz. Ser mulher ou não, não é fator de decisão para o que a gente vai oferecer, nem para ter resultado positivo ou negativo”.
Milena Store
Milena Araújo gere seu e-commerce de bolsas, óculos e cosméticos desde 2016. Na época, ela conciliava seu lado empreendedor com o trabalho que exercia em uma empresa como engenheira elétrica. Há um ano, dedica-se exclusivamente ao próprio negócio. “Meu e-commerce cresceu tanto a ponto de me surpreender. Faço vendas on-line, mas tenho um espaço físico que funciona na sala da minha casa. Minha sala virou uma loja totalmente adaptada para atender meus clientes quando necessário. Tenho um marido que me ajuda muito.”, conta. A rotina do trabalho de Milena é fazer contato com fornecedores de dentro e de fora do Brasil, pela internet. Além disso, pelas redes sociais faz as vendas. Semanalmente promove uma live para apresentar novos produtos e aproveita para lançar descontos e atrair cada vez mais clientes. Quando começou o trabalho, porém, ia até aos clientes, atendendo e vendendo de casa em casa. Hoje este contato só é possível por hora marcada.
Mulheres empreendedoras – “Eu penso que a mulher hoje tem seu espaço bem representado. Antigamente ela tinha medo de arriscar, hoje não, é o contrário, a gente tem esse pensamento de apostar, diferente dos homens que são mais seguros e conservadores”. Milena conta de suas motivações da época em que decidiu empreender. “A gente que é mulher quer todas as coisas, quer crescer sempre e comigo foi assim, foi com a vontade de fazer que eu comecei a buscar algo que me realizasse.”, comemora.
Bianca Vivacqua Rocha Norte Saúde
“Confesso que nunca me imaginei empreendedora, pois estudei para ser enfermeira em uma época na qual essa profissão parecia só poder ser exercida nos corredores de um hospital. Trabalhei durante muitos anos em UTIs, plantões e na linha de frente de muitos hospitais, até que no ano de 2013 a Cooperativa Norte Saúde foi enviada por Deus à minha vida”, conta Bianca.
Nos últimos oito anos, Bianca tem exercido o mandato de Presidente da Norte e Saúde. “Hoje, posso dizer que sou empreendedora ao lado de cada um dos nossos cooperados. Tenho orgulho de continuar trabalhando para salvar vidas, mas de uma forma diferente: planejando, ensinando, gerindo, cuidando dos nossos cooperados… Enfim, capacitando-os a, na linha de frente, exercer um bom trabalho.Meu desejo é que o empreendedorismo bata à porta de muitas outras pessoas que talvez não imaginem que não precisam mudar de profissão para se tornarem empreendedoras. Comigo, pelo menos, foi assim.
Cecilia Rangel e Rosana Ribeiro Gomes
Mi Casa Atelier de Decoração
Somos duas amigas de infância que, há 25 anos, resolveram abrir seu próprio negócio. Fundamos a Mi Casa Atelier de Decoração. Cecilia era administradora de empresas, Rosana publicitária e professora. Ambas mães de 3 filhas.
“Optamos pelo segmento Casa (cortinas, almofadas, tapetes, papel de parede) porque, de uma certa forma, já fazia parte do nosso dia a dia, já que também éramos donas de casa.Começamos nossas atividades em casa, e dois anos depois abrimos nossa loja”, contam.
A Mi Casa foi crescendo e se estabelecendo dentro do seu segmento, resultado de um trabalho sério, honesto onde além da busca por atualização e aprimoramento, as sócias colocam também um pouco de si no trabalho. “Em tudo tem um pouco de nós, do nosso coração. Podemos dizer que a Mi Casa é uma loja com ‘alma’. E acreditamos que isto deve-se a sua essência feminina. Assim como nós mulheres somos múltiplas na vida, acumulando muitas funções, nos negócios não é diferente. Conseguimos também equilibrar razão, emoção e intuição fazendo toda diferença”.
Mulheres empreendedoras – “Empreender sempre fez parte da essência feminina”, afirmam. “E hoje, mais do que nunca as mulheres buscam e acreditam que podem e são capazes de lutar por sua própria sobrevivência e de suas famílias. Mas acima de tudo buscam e acreditam nos seus sonhos”.