O corpo do músico Fernando Baltazar, de 26 anos, foi velado e enterrado, no cemitério Campo da Paz, em Campos, nesta terça-feira (10). Ele morreu na domingo (8), no Hospial São Lucas, no Rio de Janeiro, onde estava internado desde o início de junho (Clique aqui).
O funeral foi marcado por forte emoção de amigos e familiares. A ONG Orquestrando a Vida – onde Fernando iniciou os estudos musicais e sua carreira como violoncelista – fez uma apresentação e homenagem a ele.
“Colocamos a medalha verde e amarela em Fernando como forma de homenageá-lo desta forma tão singela já que ele começou a tocar com a gente. Enquanto o corpo era enterrado apresentamos um solo de saxofone. Foi um momento marcado por muita emoção”, comentou o maestro Jony William Vilela.
Fernando teve uma sepse pulmonar, além do diabetes e a doença renal crônica que ele efrentava desde criança. Na fila por um transplante duplo de rim e pâncreas, Fernando conseguiu ser transplantado no dia 7 de junho de 2021 e teve uma boa aceitação dos órgãos. No dia seguinte à cirurgia, ele já estava sem catéter, se alimentando e bebendo água sozinho. Porém, dias depois, sofreu uma hemorragia. Entre momentos de recuperação e recaídas, seus órgãos foram ficando debilitados, inclusive os que tinham sido transplantados com sucesso.
Greice Vasconcelos, presidente da Associação Amigos do Rim — programa que Fernando integrava quando estava na fila para o transplante — lamentou a perda. “O transplante era o maior sonho dele e ele pode viver isto. Vai fazer muita falta pela alegria que Fernando tinha e contagiava a todos. Para os outros pacientes eu deixo um recado para não desistir dos seus sonhos e buscar qualidade de vida por meio do transplante, que é a única esperança para eles, já que a hemodiálise diária é marcada por muito sofrimento”.
Em suas redes sociais, Fernando chegou a gravar vídeos comemorando a cirurgia. Em um dos depoimentos, ele se alegrou ao contar que estava podendo tomar água de coco depois de muitos anos.