Depois de chegar até o Base Camp do Everest, a quase 6 mil metros de altitude, no ano passado, o empresário e diretor geral do Sistema de Comunicação Terceira Via, Fábio Paes, se prepara para seu próximo desafio: chegar ao topo do Kilimanjaro, na África. Apaixonado por aventuras e altas doses de adrenalina, ele pretende mais uma vez colocar seu corpo e mente à prova. Conhecido como montanha branca, o Kilimanjaro é o ponto mais alto do continente africano, com 5.891 metros de altitude e atrai montanhistas de todo mundo.
A viagem está marcada para o dia 15 de abril e o retorno deve acontecer no dia 25. Para tanto, as preparações, tanto físicas quanto emocionais, começaram há meses. São treinos para o fortalecimento das pernas, exercícios de peso, trabalho cardiorrespiratório, subida de morro, ciclismo e corrida. Para a mente, é ler bastante sobre o local e as experiências de quem já fez o percurso para obter o máximo de conhecimento, minimizando possíveis surpresas.
“O problema maior é controlar o emocional. A todo instante a mente tenta lhe boicotar dizendo para você voltar, que está cansado e que é melhor desistir. O nível de concentração tem que ser altíssimo para continuar firme no propósito de chegar ao fim”, explica Fábio.
Preparação
Além dos exercícios físicos e da preparação emocional, a alimentação também não pode ficar de fora. Como o gasto calórico durante a subida é de em média 3 mil calorias por dia e a necessidade de ingerir 3 litros de água diariamente, o ideal é comer massas, legumes e muito carboidrato específico para o desafio. Diferente do Everest, o Kilimanjaro não conta com alojamentos. Por isso, é necessário levar barracas e alimentos na bagagem. Para auxiliar nessa tarefa os montanhistas contam com a ajuda de um guia e um ajudante. O índice de sucesso para chegar ao topo da montanha é de 60% a 70%.
Geralmente, os montanhistas levam entre 8 a 10 dias para subir o Kilimanjaro, mas Fábio pretende reduzir para cinco dias. Ele optou por uma rota mais difícil, porém, de percurso menor, a Rongai, única que se aproxima do Kilimanjaro pelo norte, perto da fronteira com o Quênia.
Fábio conta que a ideia de escalar a montanha mais alta da África surgiu logo que desceu do Everest. “Sou uma pessoa inquieta, gosto de desafios e de colocar meu corpo e mente à prova. Sonhava em ir para o Nepal desde os 20 anos e, agora, o sonho é subir os sete picos do mundo”. Para o Everest ele viajou com o amigo Marcos Vasconcellos. Agora, vai enfrentar o desafio na África sozinho. Acostumado a viajar pelo mundo, Fábio já percorreu mais de 55 países, entre viagens turísticas e missões religiosas/humanitárias.
Kilimanjaro
Localizado no nordeste da Tanzânia, o monte Kilimanjaro é o ponto mais alto da África. Embora ele fique nos trópicos, seu topo permanece coberto de gelo e neve o ano todo.
O monte Kilimanjaro é formado por três vulcões inativos: Kibo, Mawensi e Shira. O Kibo é o mais alto, com 5.895 metros; o Mawensi chega a 5.149 metros; e o Shira, a 3.962 metros. Densas florestas cobrem partes das áreas mais baixas. Elefantes, búfalos, macacos e antílopes chamados elandes vivem nas florestas.
As pessoas vivem apenas nas encostas mais baixas. Elas cultivam bananas, painço e café, além de gado. Nas colinas do sul e do leste, o povo desenvolveu um sistema de irrigação para suas plantações. Os europeus conheceram o Kilimanjaro quando missionários alemães o avistaram, em 1848. Os homens que o escalaram pela primeira vez alcançaram o topo do vulcão Kibo em 1889. Todos os anos, milhares de alpinistas tentam escalar o Kibo. A cidade de Moshi, no sopé sul da montanha, costuma funcionar como base para eles. Em 1987, o monte Kilimanjaro foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.