(Foto: Carlos Grevi)
Não só o assunto, mas o problema é recorrente e não erra quem neste momento afirma que é um problema permanente: a miséria que deixa o Centro de Campos ilhado, com pessoas de mãos estendidas à cata de esmolas, balbuciando “por favor” e “Deus lhe pague”. Um basta é preciso ser dado a esse quadro contrastante com outros pontos da cidade, embora aqui, miséria seja miséria em qualquer canto.
Esse retalho da paisagem de Campos não é de agora, mas certamente se acentuou com a pandemia, e com o esgotamento dos recursos municipais destinados aos problemas de assistência aos mais vulneráveis socialmente, e inclui-se ai a expressão “Ao Deus dará”.
Se o assunto é pauta de jornal, também é pauta dos candidatos à prefeitura de Campos. Na agenda de todos o problema está incluído entre prioridades, mas que solução cada um deles dará caso venha a ser eleito prefeito? A repórter Priscila Alves não só desenhou parte deste cenário, mas também ouviu os candidatos.
Eles sabem que se não resolverem, logo serão partes deste problema. E é interessante sublinhar várias vezes, que mais importante do que o cenário — o Centro — são os personagens deste drama que se observado olho no olho, certamente desaguará em lágrimas.
Varrer a miséria de vez é o compromisso de todos. Até aqui, em seguidas administrações, de certa forma, essa miséria tem sido afastada dos olhos de quem não a vive. Sob o tapete, não há mais espaço. A miséria tem que ser varrida definitivamente.
