Neste domingo (31), uma data histórica divide opiniões. Trata-se do dia 31 de março de 1964 que marca o início do golpe e da ditadura militar no Brasil. Desde que o presidente Jair Bolsonaro recomendou que as Forças Armadas comemorassem a data nos quartéis, diversas manifestações pró e contra a iniciativa tomaram conta do país. Ações judiciais e protestos nas redes sociais vêm acontecendo. Atos públicos estão programados para ocorrer em todo o país. Em Campos, um grupo se reunirá, no Jardim São Benedito para a manifestação “Ditadura nunca mais”. O encontro está marcado para durar de 15h às 18h. A iniciativa é do Movimento Unificado de Mulheres de Campos-RJ.
Nas redes sociais, mais de 500 pessoas se interessaram em participar do ato que repudia a ditadura no Brasil. Entre elas está a autônoma Vera Pletisch que disse que estará presente na manifestação. Uma fotografia de 1968 foi usada como cartaz para divulgar o evento no Facebook. A imagem icônica com as atrizes Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara. Norma Bengell e Cacilda Becker à frente de um de protesto contra a censura durante o regime militar, ocorrido no centro do Rio de Janeiro, marca até hoje um forte posicionamento contra a ditadura brasileira.
De acordo com o Movimento Unificado de Mulheres de Campos-RJ, foi programado o “Ato Silencioso Ditadura Nunca Mais”, em memória das vítimas da ditadura militar brasileira e em repúdio às iniciativas de comemoração pela data. No protestos estão previstos usos de cartazes, faixas, camisetas e de roupas pretas. Para Indiara Sales, uma das integrantes do movimento, o evento é para reforçar o combate a qualquer tipo de ditadura.
“É uma manifestação pacífica. Há brasileiros que ainda estão desaparecidos e as famílias não puderam enterrar seus mortos até hoje. Nesses 21 anos, sabemos de tantos que foram torturados no período da ditadura. Isto nos deixa de luto ainda. A manifestação “Ditadura nunca mais” acontecerá simultaneamente em diversas cidades do país”, conclui.