Marilene Costa diz que trabalha como cuidadora de idosos e o uniforme escolar ajudaria a economizar roupas da filha Islana, de 10 anos. “Eu tenho um sobrinho também matriculado no Pequeno Jornaleiro, no Parque Califórnia. Todos estão na mesma situação. Eu fico preocupada também porque o uniforme ajuda na identificação de crianças em horário escolar. Isto não tem acontecido. A escola ganhou reforma e mais conforto. Disto não reclamo. Mas a falta do uniforme já dura mais de dois anos. Eu hoje não tenho como comprar as roupas para os meninos”, critica.
Na Escola Municipal Maria Lúcia, no bairro Turfe-Clube, a situação de alunos sem uniforme se repete. É o que conta a profissional autônoma Lúcia Cristina da Silva. Ela é mãe de Nicole, de 5 anos, matriculada no pré-escolar. “A direção do colégio diz que a Prefeitura não fornece os uniformes e, por isso, não tem como resolver o problema. Me disseram que eu deveria comprar. Até saí para procurar em lojas especializadas, mas nem isso eu consegui. Não existe o produto para vender com a inscrição do nome do Maria Lúcia”, explica a mãe da aluna.
A falta de uniformes escolares para alunos novos e os já matriculados anteriormente, acontece em diversas unidades de ensino sob responsabilidade da prefeitura. Um outro exemplo é o colégio José do Patrocínio, no bairro da Penha. Uma mãe de aluno que pediu para não ser identificada comentou que o filho cresceu e não tem mais condições de usar o uniforme do ano anterior. “Sem falar que o tecido já desgastou bastante”, disse.
De acordo com nota enviada pela Superintendência de Comunicação, “não procede a informação de que pais de alunos devem adquirir uniformes. A secretaria de Educação, Cultura e Esporte reforça que a aquisição de uniformes está em fase licitatória e que todos os esforços estão mantidos para distribuição, o quanto antes, nas unidades municipais.”