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Bolsonaro refém dos filhos

Vale registrar que Bolsonaro já sofreu, em curto espaço de tempo, duas derrotas no parlamento.

BLOG
Por Redação
25 de fevereiro de 2019 - 10h16

A relação entre pais e filhos deve ser harmoniosa, principalmente quando estes vivem no mesmo teto.  Quando crescem, se tornam maiores de idade e tomam seus respectivos rumos, devendo ser responsáveis por seus atos e palavras.

O mimado Carlos Bolsonaro deve ter sido um filho fofoqueiro. Aquele que faz uma besteira e vai ao ouvido do pai para colocar a culpa em alguém, mesmo estando ele mentindo descaradamente. Quem nunca ouviu ou presenciou isso?

Porém, quando se trata de uma relação governamental, essas picuinhas infantis tomam reflexos terríveis e expõe como a família “bolsonariana” se porta quando contrariada.

Jair conseguiu em cinquenta dias de governo algo inimaginável, ou seja, não conseguiu surfar na onda dos primeiros meses, onde qualquer governante aproveita para aprovar suas principais propostas e ainda, fazer alianças necessárias para uma governabilidade sensata.

O presidente deixou transparecer algo preocupante que é a sua inabilidade para enfrentar crises internas e de se relacionar com o parlamento. Importante lembrar que um presidente que não possui boa relação com a Casa de Leis está fadado às amarras e se torna aos poucos um figurante.

Vale registrar que Bolsonaro já sofreu, em curto espaço de tempo, duas derrotas no parlamento. A queda do seu decreto que visava ampliar o tempo de sigilo de documentos públicos e a convocação de Bebianno para explicar o laranjal do PSL na última eleição.

Percebo que a influência dos filhos sobre Jair toma contornos de lavagem cerebral e isso já está deixando a cúpula e os apoiadores preocupados, pois começam a achar que é mais fácil ligar para Carlos que se reunir com Jair.

Para aqueles que esperavam um governo diferente está tendo. No caso em questão, temos uma gestão federal em que um presidente deixou seus filhos subirem a rampa com ele, mas não para um ato protocolar e sim, para governar junto.

A saída de Bebianno vai custar muito caro ao governo, pois ao corroborar com a mentira do mimado Carlos, Jair deixa claro que as suas reuniões familiares não se resumem as questões internas e privadas. Nas reuniões, Jair, pelo visto, ouve as fofocas, os devaneios e os desejos da ninhada e coloca em prática o que lhe é absurdamente sugerido, mesmo que isso possa causar uma crise governamental.

Jair precisa ser um pai mais rigoroso, firme e de postura. Necessita dizer aos seus filhos que cada um deles precisa tomar conta dos seus mandatos e que os mimos e chiliques devem ser expurgados dentro de casa, entre quatro paredes.

A Oposição do governo na Câmara e no Senado é composta por gente experiente e que sabe trabalhar contra, quando é necessário. A base de Jair está tonta e agora resolveu elogiar a imprensa para que o sangramento não tome contornos de hemorragia.

A realidade hoje é a seguinte: Temos um pai sendo mandado pelos filhos e isso em qualquer lar é desastroso, imagina dentro de um governo?