Cerca de 200 caminhoneiros protetam desde as 18h deste domingo (21) contra o preço do óleo diesel, em Campos. A categoria atende a um chamado da Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam), que convocou paralisação geral, e se concentra no quilômetro 75 da BR-101. Segundo os manifestantes, o ato não tem hora para acabar. O trânsito está lento no local.
Um dos caminhoneiros que está no local, Yure da Silva afirma que, hoje, a categoria “paga para trabalhar”.
“Um frete para o Rio, por exemplo, custa R$ 1,5 mil. A volta, eles pagam R$ 500. Mas, o preço do litro de óleo diesel chegou a R$ 4,20. Eu gastava R$ 560 para encher o tanque. Hoje, pago R$ 900. Aí, além do combustível, tem pedágio, seguro e manutenção. Estamos pagando para trabalhar”, diz.
Segundo Yure, a solução passa pela redução do preço do diesel.
“Se o óleo diesel baixar, as coisas melhoram, então, estamos aqui para chamar atenção para o preço abusivo do combustível. E a gente não tem hora para ir embora”.
Ofício — Na semana passada, a ABCam enviou ofício Governo Federal, reivindicando a isenção de PIS, Cofins e Cide — que representam cerca de 40% do valor do óleo diese — sobre o combustível utilizado por transportadores autônomos. A entidade também sugeriu subsídio à aquisição de óleo diesel, que poderia ser dar por meio de um sistema ou pela criação de um Fundo de Amparo ao Transportador Autônomo.
A ABCam aguardou uma resposta até a última sexta-feira, anunciou a paralisação a partir das 6h do dia 21.