A paixão pelo futebol em Campos divide, desde o início dos anos de 1900, o município em quatro tonalidades: alvinegro do Americano Futebol Clube, alvi-anil do Goytacaz Futebol Clube, roxo do Campos Atlético Associação e róseo-negro do Clube Esportivo Rio Branco. A tradição do esporte mais popular do país já alçou a cidade em altos voos, com conquistas emblemáticas de seus times, e fez bater forte o coração do torcedor campista. Entre os as agremiações da cidade está a quinta maior torcida do Estado do Rio de Janeiro.
GOYTACAZ
Um dos mais aclamados e queridos times do Estado é o Goytacaz Futebol Clube, fundado em 20 de agosto de 1912. O clube centenário tem a quinta maior torcida do Estado e ela vem crescendo, principalmente entre o público jovem de Campos.
Esse boom pode ser atribuído, entre outros fatores, às últimas conquistas do clube, que em 2017 acessou a elite do futebol com o título na série B1 e a Taça Santos Dumont, o que não ocorria há mais de 25 anos. O presidente Dartagnan Fernandes, falou ao Terceira Via sobre a trajetória dele no clube. “Tudo começou com o meu pai, que tinha o sonho de ser presidente do Goyta e não conseguiu; hoje eu o represento com dois mandatos de presidente e como benemérito. Ao longo de todos esses anos, me sinto realizado por fazer parte desse time”.
(Foto: FutRio)
AMERICANO
O Americano Futebol Clube, fundado em 1 de junho de 1914, tem destaque na história esportiva de Campos. Com sua trajetória de vitórias, títulos e glórias, o Alvinegro está entre os principais clubes de futebol do Brasil. Antes mesmo dos seus primeiros 10 anos de existência, o clube já tinha em seu plantel dois jogadores convocados para seleção brasileira. Maior vencedor da história do Campeonato Fluminense (relativo à pré-fusão do estado da Guanabara), representou o Brasil em um amistoso com a seleção uruguaia em 1922. Para a temporada de 2018, o time ganhou um novo técnico: o experiente Josué Teixeira, que chega, não apenas para instruir e preparar os jogadores, mas também para gerir as categorias de base.
RIO BRANCO
O Clube Esportivo Rio Branco foi fundado em 5 de novembro de 1912, e também conta um pouco da história do esporte na cidade. O time revelou ninguém menos que Didi, o famoso inventor da “Folha Seca”. Sua melhor performance, após a fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara, foi a 4ª colocação no Estadual da Segunda Divisão, em 2002. Ganhou em 1980 o Campeonato Estadual de Juniores da Divisão de Acesso, o primeiro título em se tratando de Divisão de base após a fusão. O curioso é que a agremiação foi fundada por meninos, cujas idades variavam entre 13 e 15 anos. A tonalidade rosada dos seus rostos corados determinou a escolha da cor preponderante do time, por sugestão de Yayá Linhares, irmã de Celso Linhares, um dos fundadores.
Paquetá foi marcou 15 gols em 23 jogos pelo Roxinho na Série B do Estadual em 2016. (Foto: FutRio)
ROXINHO
Com 104 anos desde a fundação, o Campos Athletic Association — mais tarde “aportuguesado” para Campos Atlético Associação — ascendeu nos últimos anos graças à subida fulminante à série B após décadas. Isso porque, em 2006, o time se desfiliou do futebol profissional e dedicou-se à parte social. Mas tudo mudou quando, em 2015, adquiriu o CNPJ do falido Carapebus e retornou aos campos. No ano seguinte, 2016, o clube disputou a Série B do estado, sendo vice-campeão da competição. Somente em abril do ano do ano que o clube se filiou à Federação de Esporte do Rio de Janeiro (Ferj) de forma independente e chegou à Série A do Campeonato Estadual pela primeira vez em sua história, embora tenha sido rebaixado em seguida e acabado na Série C.
