No mesmo período o prefeito sem dinheiro e com coragem decidiu não realizar o Carnaval oficial, e o sambódromo em Campos mostrou sua cor branca de elefante. Agora, no seu segundo verão a administração Rafael Diniz apresenta uma programação que prestigia artistas locais, e dispensa os cachês milionários de outros tempos.
Pois para a maioria da população ele age corretamente. Pode ser que um grupo que gosta de correr atrás de trios elétricos e ouvir músicas baianas de trilhas de novelas ao vivo não esteja nada satisfeito. Fato é, que esse caminho não só é necessário com também interessante dentro da realidade atual do país.
Dizer que a cidade do Rio de Janeiro está quebrada e mesmo assim a passagem de ano consumiu milhões em fogos e infraestrutura é um argumento infantil. O evento tradicional de Copacabana se auto-sustentou e reuniu desta vez 2,4 milhões de pessoas, um recorde.
A praia do Farol nunca fez uma grande queima de fogos na passagem de ano, mas já torrou dinheiro suficiente nos tempos das vacas gordas para que a lição seja assimilada. O atual governo, mesmo que tivesse com as contas em dia, não deveria seguir o exemplo do passado, pois nem tudo é show.
Ao invés de trazer artistas da Rede Globo para jogar futebol na beira-mar pagando uma fortuna, a Fundação de Esportes esse ano decidiu fazer no Farol um campeonato de times do município. Esse é o caminho certo.
A população de Campos tem muito mais a cobrar do governo Rafael Diniz do que um verão de programação milionária ou um Carnaval fictício. Antes disso tudo estão perfiladas prioridades como a Saúde e a Educação. É preciso que principalmente, os veranistas do Farol compreendam isso de forma clara.