O vereador Cláudio Andrade (PSDC) recebe, desde a tarde de domingo (11), algumas ligações via celular com número restrito, onde o interlocutor, com clara alteração de voz, o questiona se ele terá fôlego para seguir na relatoria da “CPI das Rosas”.
Por meio dos telefonemas, o interlocutor avisa que “180 dias são suficientes para que ele pare os trabalhos de apuração no meio do caminho”. Disse ainda que “é mais prudente o vereador ficar em casa do que caminhando pelas ruas” que, segundo o interlocutor, “estão com o clima muito quente”.
Os trabalhos da “CPI das Rosas” começam na quarta-feira (14) com o requerimento do relator ao Presidente da Comissão, vereador Fred Machado (líder do governo) para que a Prefeitura de Campos possa fornecer à Comissão as cópias dos contratos celebrados entre a Prefeitura (Gestão Rosinha) e a EMEC.
Sobre as ameaças, Cláudio Andrade prometeu agendar uma reunião com o comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Fabiano Souza, para obter as devidas orientações.
Em tempo, Cláudio Andrade disse que a CPI não será uma caça as bruxas. “Faremos uma CPI exemplar e extremamente técnica, em que os Princípios da Inocência e da Legalidade serão os pontos norteadores”, afirmou.
Cláudio disse ainda que “missão dada é missão cumprida” e que “não teme represálias, pois dará a CPI a respeitabilidade pública que ela merece em respeito à Lei Orgânica e o Regimento da Câmara de Vereadores”.
A Comissão Parlamentar de Inquérito investiga as supostas irregularidades praticadas nos últimos oito anos do governo Rosinha no contrato com a empresa EMEC, que era responsável pela manutenção de praças e jardins da cidade.