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Exército em Campos ainda não foi notificado sobre atuação para liberar rodovias

Temer determinou uso das Forças Armadas para conter bloqueios de caminhoneiros

Região
Por Redação
25 de maio de 2018 - 16h02

Soldados do Exército (Foto: Silvana Rust)

O comandante da 2ª Companhia de Infantaria do Exército em Campos, capitão Kurlan Luiz Marques Barbosa, informou que a corporação ainda não foi notificada para atuar na liberação de estradas bloqueadas por caminhoneiros que aderiram à paralisação. Nesta sexta-feira (25), quinto dia de protestos, o presidente Michel Temer autorizou o uso das Forças Armadas para liberar as rodovias. Já na quinta-feira, o juiz da 4ª Vara Federal de Niterói, William Douglas Resinente dos Santos, concedeu reintegração de posse do trecho administrado pela Autopista Fluminense e determinou que o Exército fosse notificado para dar poio a possíveis ações de desbloqueio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O Jornal Terceira Via fez contato com o Comando Militar do Leste para saber sobre possível notificação da 2º Companhia de Infantaria do Exército em Campos, mas não recebeu resposta até a publicação da matéria.

Retenção na altura de São Pedro da Aldeia (Foto: Divulgação)

Paralisação — Em Campos, a barreira está concentrada no km 75 da BR-101, na altura do trevo da Estrada do Ceramistas. Em outras regiões do estado do Rio, motoristas também enfrentam dificuldades para acessar cidades por algumas estradas. Na RJ-140, no município de Pedro da Aldeia, Região dos Lagos, há retenção em alguns trechos. A ligação com a cidade vizinha Cabo Frio enfrenta congestionamentos por conta da paralisação dos caminhoneiros. Apenas carros de passeio estão sendo liberados pelo bloqueio.

Quem passou pela RJ-140 nesta sexta-feira, pôde ver de perto o cerco organizado por caminhoneiros que impedem passagem de qualquer transporte de carga mesmo que seja leve, como os modelos picapes ou caminhonetes. Os condutores desses veículos não conseguiram prosseguir viagem e entrar em Cabo Frio por São Pedro. Os manifestantes grevistas organizaram um churrasco que servido no próprio local da paralisação.

Ministério da Defesa e Forças Armadas

O ministro da Defesa Joaquim Silva e Luna reuniu-se nesta sexta-feira(25) à tarde com os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, com o seu Chefe de Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e com o Comandante de Operações Terrestres do Exército, para definirem as atividades a serem desencadeadas pelas Forças Armadas, a fim de possibilitar o retorno à normalidade das atividades no País.

As Forças Armadas serão empregadas em reforço às ações federais e estaduais, disponibilizando meios em pessoal e material para: distribuição de combustível nos pontos críticos; escolta de comboios; proteção de infraestruturas críticas; e desobstrução de vias e acessos às refinarias, bases de distribuição de combustíveis e áreas essenciais, a fim de evitar prejuízos à sociedade. O emprego das Forças Armadas será realizado de forma rápida, enérgica e integrada.