Dr Diego Franco, um dos profissionais da Medicina Nuclear mais respeitados do paA�s (Silvana Rust)
Quando o Instituto de Medicina Nuclear deu origem ao Grupo IMNE, que completou 43 anos, ele sequer tinha nascido. Formado pela conceituada Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Dr. Diego Franco se especializou em medicina nuclear sendo, embora jovem, um dos profissionais mais respeitados do paA�s nesta sofisticada e complexa A?rea da Medicina. Nesta entrevista, ele elogia a estrutura do Grupo IMNE, pioneiro nesta A?rea no interior do paA�s. Lembra que a medicina nuclear faz o diagnA?stico mais exato e preciso de qualquer A?rgA?o do corpo humano, podendo identificar precocemente doenA�as graves e, desta forma, encaminhar o paciente para o tratamento mais adequado.
O senhor A� formado em Medicina nuclear pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para comeA�ar pode resumir o que A� atualmente a medicina nuclear?
Medicina nuclear A� uma especialidade mA�dica que faz parte da Imaginologia, ou seja, produz imagens do corpo humano utilizando radiaA�A?o. A� uma especialidade fundamentalmente diagnA?stica, entretanto, com grande evoluA�A?o nos A?ltimos anos na A?rea terapA?utica. Utiliza o radiofA?rmaco como sua principal fonte formadora de imagem, o qual A� injetado por via venosa no paciente e subseqA?ente detectado por um aparelho especializado (Gama CA?mara).
Campos A� pioneira atravA�s do Grupo IMNE neste serviA�o que agora se desdobra com a criaA�A?o do IMNEC. Como vai funcionar esse serviA�o?
Temos praticamente todos os exames da medicina nuclear disponA�vel em nosso serviA�o, abrangendo diversas especialidades mA�dicas. Nosso principal exame A� a cintilografia de PerfusA?o do MiocA?rdio, estudo este que tem como principal objetivo detectar possA�veis obstruA�A�es nas artA�rias coronA?rias do coraA�A?o, ajudando assim a evitar um futuro infarto do miocA?rdio.
Algum plano de expansA?o?
No futuro bem prA?ximo teremos disponA�vel o Quarto TerapA?utico, local onde fazemos o tratamento de cA?ncer bem diferenciado da tireoide, evitando que muitos pacientes de Campos tenham que se deslocar para outras cidades em busca deste tratamento.
Esse equipamento que mescla cintilografia com tomografia A� realmente algo que sA? existe em grandes centros?
Isso. Somos pioneiros nesta tecnologia no Norte Fluminense. As imagens hA�bridas formadas a partir da junA�A?o da cintilografia com a tomografia computadorizada sA?o a grande evoluA�A?o atual dentro da medicina nuclear. Durante muito tempo, nossa especialidade teve dificuldades em topografar certas lesA�es devido A� baixa resoluA�A?o das imagens. Com advento da tecnologia hA�brida esse problema foi solucionado, justamente com a ajuda da tomografia, realizada praticamente em simultA?neo com a cintilografia.
O senhor que vem de uma universidade como a UFRJ e atuou sempre em grandes centros, ficou surpreso com a estrutura do IMNE em Campos?
O grupo IMNE tem um grande complexo hospitalar atuante em diversas A?reas mA�dicas que ajuda muito na integraA�A?o e conversa entre os profissionais da saA?de envolvidos no processo de diagnA?stico e tratamento dos pacientes. Isso sA? quem tem a ganhar sA?o os prA?prios pacientes.
Quais as A?reas de atuaA�A?o da medicina nuclear?
A medicina nuclear comeA�ou na dA�cada de 50 como forma terapA?utica. Depois ela desenvolveu bastante na A?rea de diagnA?stico, ficando um pouco esquecida a parte terapA?utica. Atualmente a terapA?utica voltou a ser desenvolvida na medicina nuclear. Digamos que ela estA? evoluindo. Temos exames para todas as especialidades mA�dicas, desde a cardiologia, na oncologia obviamente, e em muitas outras A?reas.
O senhor diz que a medicina nuclear A� irmA? da radiologia. Como A� isso?
As duas especialidades trabalham com formaA�A?o de imagens mA�dicas, entretanto a diferenA�a bA?sica entre elas A� que na radiologia as imagens sA?o praticamente anatA?micas, enquanto na medicina nuclear forma-se imagens funcionais. O objetivo A� um diagnA?stico de vA?rios A?rgA?os do corpo humano com total precisA?o.
Chances de erro praticamente nulas?
Erros sA?o sempre possA�veis. Nenhum mA�todo diagnA?stico A� 100% confiA?vel. Entretanto, sempre utilizamos de muitas ferramentas para tentar driblar os erros e tornar os mA�todos mais confiA?veis possA�veis. Essa tecnologia hA�brida jA? citada A� uma das grandes ferramentas utilizadas atualmente para esse fim.
Se todos os hospitais do mundo tivessem esse serviA�o de retaguarda de diagnA?stico, os A?bitos por cA?ncer, por exemplo, poderiam ser evitados em quanto, falando em percentuais?
Os serviA�os de diagnA?sticos auxiliam os mA�dicos assistentes tanto na descoberta da patologia, quanto na resposta aos tratamentos. Sem esse tipo de auxA�lio dificulta muito no manejo do doente, atA� mesmo na adesA?o ao tratamento. NA?o A� possA�vel quantificar em exatos a quantidade de A?bitos evitA?veis, entretanto esse auxA�lio diagnA?stico ajuda na atuaA�A?o precoce da doenA�a ajudando, sobretudo, na qualidade de vida do paciente.
O IMNE, que foi criado hA? 42 anos em uma cidade do interior, A� algo que te surpreende, pela vanguarda na A?rea mA�dica?
Sim. O tamanho do complexo A� surpreendente, abrangendo diversas especialidades mA�dicas em uma mesma regiA?o. Isto trA?s facilidade para o paciente e para os mA�dicos que conseguem acompanhar toda a histA?ria dos seus pacientes.
Esse serviA�o tambA�m ajuda na questA?o do mal de Alzheimer que preocupa a todos?
Isso. PossuA�mos um exame chamado cintilografia de PerfusA?o Cerebral que possui alta sensibilidade e especificidade no diagnA?stico precoce da doenA�a de Alzheimer. JA? nos primeiros sintomas suspeitos pelo paciente, este exame jA? possui uma certa facilidade para detectar esta patologia.
NA?s estamos falando da medicina do futuro que aqui jA? estA? presente. Esse presente se torna passado rA?pido? Ou seja, A� preciso sempre evoluir?
A medicina sempre dobra de quantidades de informaA�A�es em poucos anos. Essa necessidade de evoluA�A?o e aumento do conhecimento A� um padrA?o contA�nuo dentro da medicina. O grupo IMNE estA? sempre atento e em paralelo a estA? evoluA�A?o.
O que falta para Campos ser uma referA?ncia no Brasil em medicina nuclear?
Estamos em processo de adaptaA�A?o do serviA�o com as demandas que a cidade necessita. PossuA�mos uma cintilografia de ponta, presente em grandes centros urbanos, em breve tratamentos como Xofigo quarto terapA?utico e no futuro bem prA?ximo a instalaA�A?o do PET-CT, exame este que tambA�m utiliza a tecnologia hA�brida e apresenta bastante suporte para a oncologia.
EntA?o temos motivos para comemorar esses avanA�os e expectativas?
Sempre. Campos necessita de grandes avanA�os dentro da medicina, possuA�mos grandes demandas de pacientes e jA? somos referA?ncia na nossa regiA?o.