

A Justiça arquivou o processo de acusação de injúria racial contra o diretor de comunicação do PT Campos, Gilberto Gomes. A decisão acata a um pedido da Promotoria de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), enviado à 3ª Vara da Vomarca de Campos no dia 28 de outubro. Ele foi preso em flagrante nos instantes finais do desfile de 7 de setembro, no Cepop, quando, segundo a denúncia, teria se dirigido a um bombeiro civil usando a expressão “preto monárquico” em tom ofensivo.
No processo, o Promotor de Justiça Arthur Keskinof Zanfelice aponta “clara contradição” nos depoimentos da acusação. Em sede policial, o homem havia declarado que Gilberto teria se direcionado a ele como “seu preto monarquista”.
Em nova declaração durante o decorrer do caso, o militante monarquista afirma que o diretor do PT disse: “um preto monarquista, monarquista?”. Diante da contradição identificada, o MPRJ pediu o arquivamento e a Justiça acatou.
“Ressalte-se que a versão do sr. Hugo não encontra respaldo nos outros elementos acostados aos autos, tal como a mídia acostada aos autos, na qual se verifica, em clara contradição ao depoimento prestado em sede policial”, diz a decisão.
Nas redes sociais, Gilberto comemorou a decisão. “Essa decisão começa a reparar uma grande injustiça, mas ainda vamos buscar a reparação maior de todos os danos e constrangimentos que sofri”, destacou.