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Manifestações pró e contra marcam prisão de Bolsonaro na sede da PF, em Brasília

Apoiadores e opositores se concentraram na entrada da PF enquanto ex-presidente recebe atendimento médico e passa a cumprir prisão preventiva

País
Por Redação
22 de novembro de 2025 - 13h26

Manifestante protesta contra a prisão de Jair Bolsonaro em Brasília (Agência Brasil)

Manifestantes favoráveis e contrários ao ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram, na manhã deste sábado (22), em frente à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, para onde o ex-presidente foi levado após ter a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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A rua ficou dividida entre os dois grupos. De um lado, apoiadores se posicionaram em defesa de Bolsonaro. Do outro, opositores comemoravam a prisão. Motoristas que passavam buzinavam, xingavam ou aplaudiam os manifestantes, enquanto uma mulher chegou a estourar uma garrafa de champanhe para celebrar a detenção.

Logo cedo, o músico Fabiano Trompetista esteve no local e tocou marcha fúnebre em referência ao encarceramento. Aliada do ex-presidente, a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) também compareceu e classificou a prisão como uma “perseguição política absurda e inconstitucional”.

Brasília (DF), 22/11/2025 - Trompetista em frente a sede da Polícia Federal após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Corneteiro de Brasília celebra a prisão preventiva do ex-presidente da República

A ordem de prisão ocorreu após Bolsonaro convocar uma vigília para este sábado, nas imediações da residência onde cumpria prisão domiciliar. Em sua decisão, Moraes afirmou que o ato poderia gerar tumulto e até facilitar uma eventual tentativa de fuga. O STF informou ainda que houve tentativa de violar a tornozeleira eletrônica durante a madrugada.

Na sede da Polícia Federal, Bolsonaro recebeu atendimento médico, teve remédios administrados e passou por consulta autorizada pelo Supremo. A audiência de custódia está marcada para este domingo (23), e a defesa declarou que irá recorrer da decisão.

Condenado a 27 anos e três meses de prisão no processo do chamado Núcleo 1 da trama golpista, Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, monitorado por tornozeleira eletrônica e proibido de acessar embaixadas, consulados, autoridades estrangeiras ou redes sociais, direta ou indiretamente.

Com informações da Agência Brasil