

Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do RJ tentam prender, nesta terça-feira (28), cerca de 100 traficantes do Comando Vermelho (CV). Até a última atualização desta reportagem, 18 suspeitos tinham morrido em confronto, e 56 pessoas haviam sido presas. Há policiais mortos também, mas o número não havia sido informado pelo governo.
Segundo as investigações, os chefes do CV estariam refugiados nessas comunidades, formadas por 26 favelas interligadas. Logo no início da operação, traficantes reagiram a tiros e incendiaram barricadas, levantando colunas de fumaça que puderam ser vistas de diversos pontos da cidade.
Até o último balanço, dois suspeitos — oriundos da Bahia — foram mortos em confronto. Nove homens foram presos, sendo que dois ficaram feridos e estão sob custódia no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Um homem em situação de rua também foi atingido por bala perdida e levado para a mesma unidade.
A ação, que conta com o apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), é resultado de um ano de investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Parte dos procurados — pelo menos 30 — é do estado do Pará. Participam da ofensiva equipes do Comando de Operações Especiais (COE), de batalhões da capital e da Região Metropolitana, além de delegacias especializadas e da Subsecretaria de Inteligência.
A Operação Contenção utiliza helicópteros, blindados, veículos de demolição e ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate.
Os reflexos da ação atingiram diversos serviços públicos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, cinco unidades de Atenção Primária não abriram nesta manhã, enquanto uma clínica da família suspendeu visitas domiciliares. Já a Secretaria Municipal de Educação informou o fechamento de 24 escolas no Complexo do Alemão e 17 na Penha. Um colégio estadual também precisou interromper as atividades.
O transporte público foi afetado: segundo o Rio Ônibus, 12 linhas tiveram itinerários desviados por segurança. Entre elas estão as linhas 292, 311, 312, 313, 621, 622, 623, 625, 628, 679, 711 e 721, que circulam entre bairros da Zona Norte e o Centro do Rio.
As forças de segurança permanecem nas comunidades, com bloqueios e varreduras em áreas de difícil acesso, enquanto buscam cumprir os mandados restantes e restabelecer a ordem.
Balanço parcial:
18 suspeitos haviam sido mortos em confronto. Dois eram da Bahia; outro, do Espírito Santo.
Nove agentes de segurança foram baleados, e pelo menos 2 morreram.
Além deles, 3 inocentes foram baleados: um homem em situação de rua foi atingido nas costas por uma bala perdida e levado para o Getúlio Vargas; uma mulher que estava em uma academia também foi ferida, mas já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.
56 homens foram presos — 5 foram baleados e internados sob custódia no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.
Policiais apreenderam 25 fuzis, 2 pistola e 9 motos.
Com informações do G1