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Barroso afirma que julgamento marca fim de “ciclos do atraso” no Brasil

Presidente do STF diz que decisão da Corte foi transparente e sem perseguição política

País
Por Redação
12 de setembro de 2025 - 7h39

Presidente do STF, Luís Roberto Barroso (Agência Brasil)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quinta-feira (11) que o julgamento da chamada trama golpista representa o encerramento de “ciclos do atraso na história brasileira”.

A declaração foi feita ao final da sessão da Primeira Turma da Corte, que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados pela tentativa de reverter o resultado das eleições de 2022. Apesar de não ter votado, Barroso acompanhou a sessão.

Segundo o ministro, a trajetória do país foi marcada por rupturas institucionais, mas a decisão da Corte pode representar uma virada. “Acredito que nós estejamos encerrando os ciclos do atraso na história brasileira, marcados pelo golpismo e pela quebra da legalidade constitucional. Sou convencido de que algumas incompreensões de hoje irão se transformar em reconhecimento futuro”, afirmou.

Barroso também ressaltou que o julgamento foi um “divisor de águas” na democracia e rejeitou a tese de perseguição política contra Bolsonaro e os demais condenados. “Tratou-se de um julgamento público, transparente, com devido processo legal, baseado em provas as mais diversas, vídeos, textos, mensagens e confissões”, destacou.

O ministro acrescentou que nenhum dos magistrados se alegra com a condenação, mas que a Corte cumpriu sua função. “Ninguém sai hoje daqui feliz. Mas a gente deve cumprir com coragem e serenidade as missões que a vida nos dá”, concluiu.

Condenações
Por 4 votos a 1, Bolsonaro e os aliados foram condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

A maioria recebeu penas superiores a 20 anos de prisão em regime fechado. Apesar da definição, as prisões não serão imediatas, já que ainda cabem recursos. Somente em caso de rejeição das apelações, as sentenças poderão ser executadas.

Com informações da Agência Brasil