O Procon Estadual do Rio de Janeiro deflagrou, nesta quarta-feira (27), uma operação em Campos dos Goytacazes, São Fidélis e Itaperuna para identificar a comercialização de café adulterado. A ação prossegue nesta quinta-feira (28), com o objetivo de coibir práticas que colocam em risco a saúde dos consumidores locais.
A iniciativa acontece depois de denúncias da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), que alertou sobre o aumento na venda de cafés falsificados em locais de grande circulação, incluindo Campos dos Goytacazes, além de Irajá e Duque de Caxias
Segundo a Abic, os produtos falsificados — com torras e moagem feitas fora dos padrões, embalagens que imitam grandes marcas e preços abaixo do mercado (entre R$ 20 e R$ 25 o quilo) — não passam por controle de qualidade e podem conter impurezas ou até substâncias tóxicas, como corantes e aromatizantes, representando sérios riscos à saúde .
Em junho, a Polícia Civil, durante operações na Zona Norte do Rio, apreendeu cerca de 700 kg de café com impurezas acima do limite legal de 1%, chegando a índices superiores a 10%, em bairros como Irajá, Jardim América, Maracanã e Bonsucesso . Além disso, em outras ações, foram recolhidas até três toneladas de pó de café adulterado, revelando a extensão do problema.
Abic recomenda cuidados aos consumidores:
A associação mantém ainda um canal exclusivo para denúncias de café falsificado ou com suspeita de fraude:
A legislação brasileira permite até 1% de impurezas naturais (como cascas, paus e folhas) nas embalagens industrializadas de café, mas proíbe estritamente a presença de elementos estranhos — como grãos de outras espécies, açúcares, corantes ou borra solúvel — que são comumente adicionados para falsificação.
A fiscalização do Procon-RJ e os alertas da Abic visam coibir essas fraudas, proteger o consumidor e garantir que o café vendido no estado cumpra os padrões de qualidade e segurança impostos pela legislação.
Fonte: Procon/Extra/Abic