A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou nesta segunda-feira (27) um lavantamento, dando conta que a construção da fase inicial da ferrovia EF-118 poderá gerar R$ 2,5 bilhões no PIB da região; 68 mil empregos diretos e indiretos; R$ 457 milhões de arrecadação em impostos estaduais e federais; e um acréscimo de R$ 1 bilhão em salários na força de trabalho.
A Ferrovia Vitória-Rio (EF-118) fará ligação entre o porto do Açu, em SJB, e o porto Central, em Presidente Kennedy e Anchieta (ES). Reuniões em Brasília, Vitória e Rio de Janeiro acontecem nesta semana, para tratar a concessão e implantação de infraestrutura da ferrovia. A expectativa é de que as prefeituras da região Norte Fluminense enviem representantes.
A Firjan destacou ainda que a EF-118, com 575 quilômetros de extensão, será um marco para a integração ferroviária no Sudeste, conectando terminais portuários estratégicos e fortalecendo o transporte de cargas na região.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realiza nesta semana as importantes audiências referentes ao assunto. As sessões acontecem nesta segunda-feira (27), em Brasília, na quarta (29), em Vitória (ES), e no dia 31, no Rio de Janeiro, na sede da Firjan.
De acordo com o Ministério dos Transportes, as audiências desta semana buscam envolver cidadãos e especialistas na discussão sobre a implantação e exploração da infraestrutura ferroviária, que ligará São João da Barra (RJ) a Anchieta (ES).
“A Estrada de Ferro 118 é um dos projetos de infraestrutura mais importantes para o Norte Fluminense, para o estado e para o país. A implantação é um grande desafio e precisamos que todas as autoridades fluminenses, incluindo parlamentares estaduais e federais, e a sociedade civil, principalmente aqui da região Norte, estejam atentas e participem das discussões em audiências”, destaca o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.
A ferrovia EF-118, com 575 quilômetros de extensão, será um marco para a integração ferroviária no Sudeste, conectando terminais portuários estratégicos e fortalecendo o transporte de cargas na região. O projeto avança após estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental realizados pela Infra S.A..
Parte do trecho de 80 quilômetros, entre Santa Leopoldina (ES) e Anchieta (ES), será construída pela Vale como contrapartida à prorrogação antecipada da concessão de suas ferrovias e passará a integrar o contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM).
Já o trecho de 170 quilômetros, entre Anchieta e o Porto do Açu, ainda será incluído na nova concessão. O Ministério dos Transportes destaca que um trecho adicional de 325 quilômetros, conectando o Porto do Açu a Nova Iguaçu (RJ), está previsto como um investimento condicionado à decisão do poder concedente e à análise de viabilidade econômica para integrar o projeto.
Investimentos na região
De acordo com um levantamento da Firjan, a construção da fase inicial da EF-118 poderá gerar R$ 2,5 bilhões no PIB (Produto Interno Bruto) da região; 68 mil empregos diretos e indiretos; R$ 457 milhões de arrecadação em impostos estaduais e federais; e um acréscimo de R$ 1 bilhão em salários na força de trabalho. O presidente da Firjan Norte Fluminense destaca ainda que instalar a EF-118, interligando o Porto do Açu à malha ferroviária federal, proporcionará novas oportunidades de negócios na região, além de emprego e renda em todo o estado.