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Polícia Federal deflagra operação contra fraude eleitoral em Campos

Na Baixada Campista, cabos eleitorais ligados ao vereador Bruno Pezão (PP) estão entre os investigados

Polícia
Por Redação
3 de outubro de 2024 - 10h07

Foto Ilustrativa/Arquivo

Na manhã desta quinta-feira (3), a Polícia Federal realizou uma operação em Campos dos Goytacazes, com foco em cabos eleitorais do vereador Bruno Pezão. A ação aconteceu na região da Baixada Campista. De acordo com a Polícia Federal, o trabalho de inteligência apontou alvos que estariam guardando e distribuindo valores para a prática de corrupção eleitoral.

No mesmo dia, a Polícia Federal também deflagrou a Operação Nômade Eleitoral, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava na transferência de eleitores de Santa Cruz para Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A ação contou com o apoio do Ministério Público Eleitoral.

Os agentes federais cumpriram seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça da 105ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro. As ordens foram executadas em endereços localizados nos municípios de Itaguaí, Santa Cruz e na capital fluminense. Além disso, foi determinado o sequestro de bens e valores incompatíveis com a renda de um dos investigados.

As investigações começaram após uma solicitação do Ministério Público Eleitoral, que identificou um esquema conduzido por um candidato a vereador e seus cabos eleitorais. Eles forneciam comprovantes de residência falsos aos eleitores, em troca de promessas de benefícios financeiros, para que registrassem ou transferissem seus domicílios eleitorais para Itaguaí.

Durante a apuração, foram flagrados alguns investigados no cartório eleitoral da 105ª Zona Eleitoral de Itaguaí, onde pagavam multas de eleitores supostamente cooptados. Entre os crimes investigados estão a inscrição eleitoral fraudulenta, uso de documentos falsos e oferecimento de vantagem indevida em troca de votos. Além disso, há indícios de corrupção de menores, já que alguns dos eleitores envolvidos eram menores de idade.

Os suspeitos poderão responder por crimes relacionados à organização criminosa, fraude eleitoral e corrupção.