A família do homem campista internado há seis anos no Hospital Municipal de Niterói (CPN) foi encontrada após publicação de reportagem no Jornal Terceira Via. Uma leitora passou o contato da mãe de Lenilson Carvalho dos Santos, “dona” Alaíde, e a equipe de jornalismo deu a ela a notícia de que o filho, desaparecido há pelo menos 10 anos, estava vivo.
Alaíde Carvalho Gomes, que tem 64 anos, ficou surpresa porque imaginava que Lenilson já estava morto. Ela contou que o filho era alcoólatra e tinha o costume de sair de casa e ficar meses e até mesmo anos sem aparecer. “Há dez anos ele saiu mais uma vez de casa e eu nunca mais ouvi falar dele. Pensei que tivesse morrido, não imaginava que ele poderia estar vivo em um hospital”, disse. A mãe de Lenilson mora em Lagoa das Pedras e não teve acesso à reportagem publicada na semana passada no Terceira Via.
Ela demonstrou interesse em rever o filho, mas está com dificuldades para contatar o Hospital por meio dos telefones disponibilizados na internet. Alaíde também não teria recurso para arcar com uma viagem à Niterói. A reportagem do Terceira Via voltou a entrar em contato com a mulher que contou a história de Lenilson e ela disse que tentará conseguir o telefone direto do setor de Assistência Social da Unidade Hospitalar. Enquanto isso, o jornal aguarda e atualizará o caso assim que houver mais informações.
Entenda
Lenilson Carvalho dos Santos está internado há pelo menos seis anos no Hospital Municipal Carlos Tortelly, também conhecido como CPN, em Niterói. Ele perdeu contato com a família, mas informou a uma mulher no hospital que morava em Campos dos Goytacazes e é filho de “seu” Arilson e “dona” Alaíde, e irmão de Maria Alice, Maria Célia, Leandro, Leandra, Enildo e Cremildo. Lenilson contou ainda que trabalhou durante muitos anos com cana de açúcar nas usinas de Campos e, antes de ser internado, trabalhava como padeiro em uma padaria de Niterói.
A mulher que o encontrou disse que enfermeiros informaram que Lenilson foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros, há seis anos, bastante machucado, em uma rua de Niterói e foi encaminhado para o Hospital, onde permanece até hoje.