A direção do Hospital Geral Dr.Beda realizou nesta quinta-feira (21) um encontro para divulgar ações de combate à violência contra mulheres em Campos dos Goytacazes. Várias colaboradoras assistiram à palestra da coordenadora do Centro Especializado de Atendimento à Mulher, Erika Nogueira. Ela destacou o tema “Necessidade de enfrentamento das diversas formas de violência contra a mulher. O Grupo IMNE conta com cerca de 70% de colaboradoras. Várias delas puderam fazer questionamentos e trocar informações das maneiras de lidar com assédio e agressões que ocorrem em determinadas situações.
A enfermeira de Medicina do Trabalho, Isabela Teixeira, comentou sobre a importância de encontros com mulheres da instituição:
“A gente procura sempre ter uma boa qualidade de vida dos profissionais, tanto dentro do trabalho como fora, na sua vida social. E como a gente tem um público muito grande de colaborador feminino, são 70% de mulheres, a gente quer alertá-las, informá-las, deixá-las sentir que estamos aqui, que elas podem contar com nosso apoio. E, como elas podem fazer para sair de um relacionamento tóxico, ou para denunciar uma agressão, para que possam ter uma boa qualidade de vida”, disse.
Para Karla Giovanna Rocha, coordenadora de Segurança Patrimonial e Controle de Acesso, a palestra sobre informação de combate à violência contra a mulher é bastante válida. “Esse índice aumenta a cada dia. Sempre a gente se depara com várias situações e, na maioria das vezes, a gente acha que só acontecem longe, nunca próximo de nós. Então, é válido realmente como uma orientação, uma abordagem muito rica onde as mulheres têm que ter essa consciência que isso não é vergonhoso. Elas precisam, sim, pedir ajuda. É uma pauta bastante importante no meio das mulheres, principalmente na nossa empresa, onde o número de mulheres sobrepõe o número dos homens”.
A advogada e coordenadora do Ceam, Erika Nogueira, diz que eventos assim não ocorrem somente no Agosto Lilás. “A gente aproveita para conseguir chegar ao maior número de pessoas possíveis, junto às empresas, escolas, áreas de saúde, educação. A gente tenta abarcar tudo isso durante todo o ano. Por ser este um mês dedicado ao combate à violência contra a mulher, aniversário da Lei Maria da Penha, a gente dá ênfase e aceita muitos convites para palestras”, comenta.
De acordo com a coordenadora, é importante elevar o nível de informação para as mulheres. “Elas precisam saber que têm uma rede de proteção; que há equipamentos que elas podem buscar; como fazer denúncia; quais são as fases da violência. Há muitas mulheres que em determinado momento que não estão prontas para denunciar.É importante que esses ambientes sejam multiplicadores de ações, que a mulher pode sair do círculo de violência”. A palestrante ainda disse:
“Hoje, falei um pouco da violência doméstica como um todo. Destaco ainda o poder da mulher, o poder de decisão, de escolha, a liberdade que se busca em um ambiente empresarial que, algumas vezes, poda a manifestação. A gente discute também a questão do assédio nos nossos encontros”, conclui.