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Funcionários dos Correios em Campos mantêm greve por tempo indeterminado

Cerca de 90% dos carteiros aderiram à paralisação; eles reivindicam melhores condições de trabalho e reposição salarial

Geral
Por Redação
8 de agosto de 2024 - 10h11
Carteiros e outros profissionais dos Correios de Campos fazem greve
(Fotos Silvana Rust)

Quem esteve nas agências dos Correios em Campos dos Goytacazes nesta quinta-feira (8) teve dificuldades no atendimento. Cerca de 90% dos mais de 200 funcionários aderiram à greve nacional, iniciada na segunda-feira (5), principalmente os carteiros que cuidam diretamente da entrega residencial de correspondências. Um grupo de trabalhadores se reuniu em frente à unidade da Praça do Santíssimo Salvador pela manhã.

De acordo com o sindicalista Marcus Vinicius do Centro de Distribuição Domiciliar de Guarus (CDD), além da necessidade de reposição salarial, os profissionais reivindicam a realização de concurso público e diminuição de descontos em folha de pagamento do plano de saúde oferecido pela empresa.

Agência central com redução de equipe

“As agências contam com a quantidade mínima de pessoas trabalhando. As correspondências sofrerão atraso na entrega pela falta de profissionais. Serão priorizadas as entregas do Sedex. Os consumidores devem se informar nas agências mais próximas sobre a retirada de entrega neste período. A paralisação é por tempo indeterminado”, informou.

Em todo o país, funcionários dos Correios estão em campanha salarial,. Eles reivindicam concurso público imediato para carteiro e outras funções operacionais, reajuste salarial com aumento real, revisão da mensalidade do plano de saúde, retorno do pagamento de 70% das férias e extensão do pagamento de 30% da periculosidade para carteiros motoristas, entre outras demandas. A categoria chegou ao limite após 14 reuniões sem avanços significativos nas negociações com a empresa.

Paralisação é por tempo indeterminado

A direção dos Correios ofereceu, entre outras propostas, reajuste salarial de 6,05% a partir de janeiro/2025. “O referido reajuste corresponde à reposição de 100% da inflação (INPC), 4,11%, no período de agosto/2023 à julho/2024, adicionado da projeção de agosto/2024 à dezembro/2024”, informou. Entretanto, os trabalhadores rejeitaram esta proposta e mantêm a greve por tempo indeterminado.