A Prefeitura de Campos divulgou, na tarde de terça-feira (09), que o arroz já está em falta nas prateleiras dos supermercados da cidade e que alguns estabelecimentos já limitaram a venda do produto por cliente. Em resposta a essa situação, a Secretaria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) está reforçando a fiscalização nos estabelecimentos.
“Já recebemos informações de pessoas que compraram grandes quantidades de arroz para revender nos pequenos mercados dos bairros a R$ 45 cada saco de 5 quilos. Nossos agentes estão fiscalizando hoje e amanhã (quinta e sexta-feira), aplicando autos de constatação e verificando notas fiscais de vendas para determinar se estão sendo praticados preços abusivos”, afirmou o secretário do Procon, Carlos Fernando Monteiro.
Para o secretário, há uma precipitação por parte dos consumidores, e ele pede calma à população neste momento. “De acordo com as notícias nacionais que estamos acompanhando, não haverá falta de arroz. A própria Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz) garante que não haverá escassez do produto, pois a safra já colhida no estado garante o abastecimento do país. Os consumidores não precisam estocar em casa”, orienta.
Além disso, Carlos Fernando explicou que o esvaziamento das prateleiras de arroz nos supermercados pode provocar um aumento nos preços do produto. “Essa demanda está causando todo esse alvoroço e, se os consumidores continuarem esvaziando as prateleiras e acabando com os estoques, provavelmente os preços subirão, seguindo a lei de mercado.”
Maior rede de supermercados de Campos restringe a venda de arroz
O J3News divulgou na manhã desta quinta-feira (09) que o Super Bom está limitando o produto a três pacotes por pessoa (veja aqui). Essa decisão foi tomada devido à tragédia ocorrida no Sul do Brasil, a principal região produtora de arroz no país, que comprometeu significativamente a safra do grão. Essa medida também está sendo tomada por supermercados de outras cidades do Sudeste, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte (MG) e Santos (SP).
Economista explica a situação
Segundo o economista Ranulfo Vidigal , o Rio Grande é o grande fornecedor de arroz e sua safra está comprometida. Assim, a atitude dos supermercados é a melhor forma para evitar momentaneamente o desabastecimento.
“O governo emergencialmente vai importar um bilhão de reais de arroz da Tailândia para evitar o desabastecimento. Alguma alta no preço do arroz que pesa oito por cento na cesta básica das famílias nós vamos ter, mas uma explosão incontrolável e pouco provável”, destacou.
Com informações da Prefeitura de Campos