Com 09 votos a favor, a sessão plenária da Câmara Municipal de São Fidélis votou a favor da cassação do mandato do prefeito Amarildo Alcântara (SD), no final da manhã desta quarta-feira (13). Amarildo foi apontado como responsável por um rombo de R$1 milhão no Fundo de Previdência dos Servidores Municipais. Além dele, pessoas de sua família também são investigadas na CPI do “Fundão”. Essa é a primeira vez na história do município que o mandato de um prefeito é cassado. Com o impechment, quem assume é o vice José William (PL).
Diante da votação unânime, o presidente da Câmara, Carlos Rogério da Silveira, declarou “está cassado o mandato do prefeito Amarildo Alcântara pelos crimes de responsabilidades por ele cometidose, agora, julgados por esta Casa”, finalizou pouco antes de suspender a sessão.
Os vereadores consideraram que houve omissão de Amarildo na prática de atos da competência do Executivo e negligência na defesa de rendas, bens, direitos e interesses do Município, sujeitos à administração do Prefeito
Instalada oficialmente no dia 09 de fevereiro, (Leia aqui) a CPI contou com depoimentos que indicavam que quantias financeiras eram transferidas para contas pessoais dos gestores e, posteriormente, repassadas para familiares do prefeito, a cidade. Em novembro de 2023, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão no Fundo e encontrou comprovantes bancários supostamente fraudados. Em janeiro deste ano, a CPI convocou familiares do prefeito, incluindo a primeira-dama do município, Lia Márcia Alcântara, para depor na Câmara.
No mês de fevereiro, o prefeito de São Fidélis, Amarildo Alcântara conversou com o J3News sobre a CPI (Leia aqui) e afirmou que não teria participação no crime supostamente confessado por três funcionários municipais que, só em 2023, resultou em um rombo de R$ 1 milhão. Na entrevista, o prefeito garantiu que o pagamento de aposentados e pensionistas não seria afetado e também afirmou que colocou suas contas bancárias e dados de comunicação à disposição da Câmara e da Justiça.
No relatório final da CPI, o relator, Rodrigo Santana, único vereador de oposição entre os nove vereadores de São Fidélis, expressou lamentar pela situação enfrentada pelos servidores e destacou que houve omissão na prática de atos da competência do Executivo e negligência na defesa de rendas, bens, direitos e interesses do Município, sujeitos à administração do Prefeito. Nesta quarta, vereadores dão início à sessão que pode cassar, pela primeira vez, o mandato de um prefeito em São Fidélis. Aprovado impechment, quem assume é o vice José William (PL).