Com o fim do 56º Batalhão de Infantaria, ele saiu do Mato Grosso para assumir o comando da 2ª Companhia de Infantaria, em Campos. Nascido no início dos anos 80, em Belo Horizonte (MG), cursou a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP). Tem uma carreira militar brilhante, colecionando um exército de medalhas. Já serviu, inclusive, na Amazônia. É paraquedista e já comandou uma companhia de fronteira. Apesar de jovem, é considerado um militar experiente. Para muitos, quatro estrelas nos ombros o aguardam com o passar do tempo. Esse é o perfil do major Guilherme Bottrel Carvalho, comandante da unidade do Exército em Campos, que é casado e tem uma filha, Letícia.
Na sua avaliação houve uma grande perda de status militar com Campos deixando de sediar o 56º BI para abrir a 2ª Companhia de Infantaria?
Após estudos e em atenção ao Plano de Reestruturação do Exército Brasileiro, o Estado-Maior do Exército, em 31 de dezembro de 2016, desativou do 56º Batalhão de Infantaria e alterou a sede da 2ª Companhia de Infantaria de Três Lagoas (MS) para Campos dos Goytacazes, a contar de 1º de janeiro de 2017.
A mudança foi organizacional. O antigo Batalhão já funcionava com uma Companhia de Fuzileiros e, com essa reestruturação, passou a possuir a denominação que era mais pertinente à tradicional Organização Militar sediada em Campos.
Não houve também qualquer mudança para inativos e pensionistas militares da região, já que as seções que atendem a esse público continuam existindo.
A mudança resultou uma grande redução do efetivo?
O efetivo é praticamente o mesmo. Tanto para militares de carreira (o efetivo profissional permanente), quanto para a incorporação anual dos jovens campistas para o Serviço Militar Obrigatório, que continua ocorrendo normalmente.
nolvadex online Campos dos Goytacazes é considerada estratégica na logística do Exército até para a segurança nacional. Isso é realmente fato? order lioresal
A presença de uma Organização Militar do Exército Brasileiro em Campos dos Goytacazes já revela a importância da região Norte/Noroeste Fluminense para o cumprimento da destinação constitucional e das atribuições subsidiárias da Força Terrestre. A 2ª Companhia de Infantaria integra uma criteriosa articulação de unidades militares no território nacional, que confere à Força tanto a presença física como a capacidade de se fazer presente em qualquer parte do País pelo rápido deslocamento de tropas, caracterizando a chamada mobilidade estratégica. Além disso, como integrantes das Forças Armadas, contribuímos para o desenvolvimento e para a integração nacional.
O Exército em Campos tem um excelente relacionamento com a comunidade, com portas sempre abertas. Está em um prédio lindo. Muita gente tem vontade de visitar. Essas visitas continuam?
As instalações da 2ª Companhia de Infantaria estão abertas à população local. Para isso, as instituições e/ou pessoas físicas devem dirigir-se à nossa Seção de Comunicação Social, na sede da Organização Militar ou pelo e-mail rp2cia@gmail.com.
Há, também, datas comemorativas em que a OM organiza visitas programadas, são elas: 19 de abril – Dia do Exército; 24 de maio – Dia da Infantaria; 25 de agosto – Dia do Soldado; e 12 de outubro – Dia da Criança.
Em um primeiro momento a ideia era mesmo desativar o Exército em Campos?
O que mudou isso foi à luta da comunidade? O Exército Brasileiro reconhece na população campista essa identificação com as Forças Armadas. Vários foram os vultos campistas que se destacaram ao longo da história do município de Campos. Entretanto, a reestruturação administrativa nas Forças Armadas acontece segundo estudos do Ministério da Defesa e do Estado-Maior do Exército na identificação da necessidade da presença militar em cada região do País.
Existem trabalhos comunitários do Exército em Campos que muita gente desconhece. Poderia falar sobre isso?
De forma geral, o Exército Brasileiro desenvolve vários projetos e ações visando contribuir com o desenvolvimento nacional, preservando princípios e valores caros à nossa cultura. Como exemplo, aqui em Campos dos Goytacazes, a 2ª Companhia de Infantaria participa do PROFESP – Programa Forças no Esporte.
O PROFESP é uma vertente do Programa Segundo Tempo do Governo Federal, desenvolvido pelo Ministério da Defesa, com o apoio da Marinha, Exército e Aeronáutica, e em parceria com os Ministérios do Esporte e do Desenvolvimento Social e Agrário. Além de disponibilizarem as instalações de unidades militares, as Forças Armadas também oferecem serviço médico, odontológico e de assistência social, coordenadores, transporte e monitores.
Nesse Programa, em parceria com a Prefeitura, por intermédio de sua Secretaria de Educação e Esporte, são selecionados jovens na faixa-etária de 8 a 14 anos,com aptidões desportivas,oriundos de comunidades carentes. Link: http://www.defesa.gov.br/programas-sociais/programa-forcas-no-esporte
Existe uma curiosidade sobre a presença das mulheres no Exército. Elas passaram a ser essenciais?
As mulheres estão isentas do serviço militar obrigatório, na forma prevista pela Constituição. No entanto, podem servir, voluntariamente, como militares de carreira ou temporárias.
No Exército, elas atuam nas áreas de Administração, Magistério, Contabilidade, Comunicação Social, Pedagogia, Direito, Economia, Informática, Medicina, Veterinária, Odontologia e Enfermagem.
A partir deste ano, candidatas aprovadas em concurso público ingressaram na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (carreira de Oficiais) e na Escola de Sargentos das Armas, inaugurando o acesso à linha de ensino militar bélico para mulheres.
Para informações mais completas, basta acessar na página oficial do Exército (www.eb.mil.br) o menu Como Ingressar.
acquire Antabuse O Exército dá uma sensação de segurança aos campistas. O senhor percebe bem isso?
Em pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, em 2015, as Forças Armadas foram identificadas como uma das instituições de maior credibilidade do País, com aprovação de 83% da população. De acordo com a análise, as Forças Armadas possuem o maior índice de confiança dentre as instituições públicas ou privadas do Brasil, com 68% de credibilidade.
Tem se observado que em Campos dos Goytacazes isso não é diferente. Acredito que esse capital de confiança é fruto de nossa seriedade, profissionalismo e comprometimento com nossa destinação constitucional.
Os exercícios militares em Campos, que antes eram realizados em fazendas da Região pararam de acontecer ou não?
As atividades de instrução militar ainda são realizadas normalmente em áreas rurais da região.
A vocação para a carreira militar aqui, entre os jovens cresceu?
Por característica da região norte fluminense, os jovens estão mais atentos às oportunidades na área do petróleo. Dessa forma, o interesse pela carreira militar não se destaca. Já o alistamento para o serviço militar inicial tem tido um crescente em todo o Estado do Rio, desde 2012, como mostra o mapa estatístico de progressão.