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De olho no futuro de São Fidélis

Vice-prefeito se entusiasma com as perspectivas do município poema

Entrevista
Por Aloysio Balbi
6 de novembro de 2023 - 5h00

José Willian Ribeiro de Oliveira segue os passos do pai, Juquinha Custódio, que foi vereador duas vezes e vice-prefeito de São Fidélis por uma legislatura. Tal como o pai, José Willian já foi vereador e é vice-prefeito da cidade em duas gestões consecutivas, sendo a atual em curso.

Ele destaca a lealdade ao prefeito e diz que pela primeira vez um vice-prefeito atua na administração, trabalhando em tempo integral, ouvindo as reivindicações do povo. O político é considerado um conciliador de pulso firme e um articulador junto aos outros poderes, não só na Câmara de Vereadores, mas também ao Palácio Guanabara e a Alerj.

Articulado com as palavras, José Willian, que é produtor rural, fala com entusiasmo sobre política e também das potencialidades do seu município, principalmente no segmento rural, destacando o turismo religioso, rural e cultural como referências fidelenses.

São quase sete anos de mandato de vice-prefeito de São Fidélis, sempre ao lado do prefeito Amarildo do Hospital. Você participou neste período ativamente da administração, indo além de ser vice-prefeito?Quero destacar que desde sempre, existe uma amizade minha com o prefeito, uma afetividade familiar. Isso evidentemente facilita a relação dentro da administração. Sempre soube respeitar a hierarquia, agindo com humildade e parceria sólida e positiva, ajudando a fazer as coisas acontecerem para o bem comum. E, como participo da política fidelense há mais de 30 anos, isso me dá experiência para saber até onde posso ir. Então, respondendo à sua pergunta, eu tento sempre que demandado pelos desafios, trabalhar ombro a ombro com o prefeito para que as coisas positivas resultem em bem coletivo para nossa sociedade.

Você disse na resposta da primeira pergunta que sabe bem até onde ir. E até onde o José Willian vai?
Primeiramente, deixo claro que nunca quis o lugar do prefeito, se Deus assim abençoar, talvez seja seu sucessor, até por um caminho natural da política. Quando disse saber aonde ir, quis dizer que é necessário ter maturidade para reconhecer que o prefeito é a maior autoridade do município, portanto, é ele que é o mandatário. Minha parceria é de trabalho, de executar, de receber tarefas e realizá-las da melhor maneira possível. É interessante frisar que o vice-prefeito ganha um bom salário e, pela primeira vez na história do município, o vice trabalha, não sendo apenas decorativo. E desde o primeiro minuto, do primeiro dia, do primeiro mandato, tem saído assim. Trabalhando pelo município com fidelidade e lealdade.

Você não é um debutante na política. É considerado um conciliador de pulso forte. Como é sua relação com a Câmara de Vereadores de São Fidélis?
Tenho uma trajetória na política que vem de família. Meu pai, Juquinha Custódio, foi vereador por dois mandatos e vice-prefeito por um mandato. Eu já fui vereador e estou no meu segundo mandato de vice-prefeito. Também já fui titular de várias secretarias, o que facilita a minha boa relação com os vereadores. Por ter passado pela Casa Legislativa, sei do papel e da importância de ser um vereador, porque, na verdade, o vereador é que está na ponta do reclame da população. É ele que é chamado na porta de sua casa, para ouvir as reivindicações e fazendo esse relato eu reconheço que precisamos ouvir os parlamentares para que possamos extrair as verdadeiras necessidades da nossa população.

Você considera essencial que haja boas relações entre o Executivo e o Legislativo?
Sem dúvida que a boa relação, sem submissão, é benéfica para que as coisas positivas possam acontecer dentro do município. Reconheço que a unanimidade é burra, portanto, a oposição nos faz buscar melhorias, trabalhar mais, se dedicar mais e, quando é respeitoso, não nos furtamos ao diálogo. Quando um vereador cumpre esse papel de oposição, sempre pautada pelo respeito, e poderia citar vários exemplos de situações, age de forma republicana, com oposição sadia.

Você é um entusiasta da cultura e do turismo no seu município. O Vaticano considerou a Igreja de São Fidélis como santuário muito recentemente. Você vê nisso uma forma de ampliar o turismo religioso na sua cidade?
Sem dúvida que com esse status religioso o município receberá muitos visitantes e, como São Fidélis tem uma característica de belezas naturais que precisam ser conhecidas, temos que nos preparar para essa visibilidade. Destaco também que o Centro da nossa cidade tem belezas a serem mostradas pelas suas praças, a própria Igreja Matriz, a ponte Metálica, a quadra de esporte. Nossa população é receptiva com quem nos visita. Quem vem, volta. Não poderia também deixar de destacar que temos uma rede hoteleira e de pousadas que comporta um grande número de turistas. Destaco ainda um investimento que está sendo feito pelo Cidennf (Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense) para alavancar o turismo rural em toda região. A grande notícia ainda nessa levada é que São Fidélis é a única cidade da região a ter uma vinícola com uvas produzidas na região, um investimento de grande porte, feito por um empresário fidelense.

Esse empresário a que o senhor se refere é Renato Abreu?
Exatamente. Esse é um fidelense, que ainda muito jovem pegou a estrada em busca de estudo e conhecimentos, e alcançou um tamanho gigante que enche de orgulho qualquer fidelense. E que dentro de suas metas de investimentos, nunca esqueceu suas origens, prova disso é a aquisição da Fazenda da Pedra, um dos mais importantes patrimônios culturais e arquitetônicos do Brasil. A Fazenda Bela Joana, com vinícola e queijaria. Na usina Pureza ele está montando um Museu do Açúcar e outro da Música Popular Brasileira, que contará com um teatro com capacidade para mais de 500 pessoas. Tudo isso vai inserir definitivamente São Fidélis, conhecida como cidade Poema, no cenário da cultura e do turismo do Estado do Rio de Janeiro, e temos que reconhecer a importância do empresário Renato Abreu nesse contexto.

Todos os municípios têm que se relacionar com o Governo do Estado e também com a Assembleia Legislativa. Como é a sua relação com o Palácio Guanabara e com a Alerj?
Primeiramente, gostaria de frisar que são ótimas as relações que tenho com o governador Cláudio Castro e seu vice, Thiago Pampolha. Pessoas solícitas e tive a honra e o prazer de trabalhar pela eleição desta chapa que tanto tem trazido benefícios para todo o interior do Estado do Rio de Janeiro. Temos um governador jovem, de pouca estrada na política, mas que tem demonstrado capacidade administrativa e de conciliação para alcançar feitos que vão ao encontro dos anseios do nosso Estado. Em relação à Alerj, sou amigo de vários deputados e também amigo do presidente Rodrigo Bacellar, que sempre tem deixado seu gabinete aberto para as demandas de nosso município.

O que você destacaria dentro da administração do prefeito Amarildo destes quase sete anos de governo?
É inegável que aconteceu um avanço muito grande na prestação de serviços da Saúde em todos os seus segmentos. Na Educação, a valorização dos profissionais, a qualidade da merenda, o transporte escolar, a introdução do transporte universitário para Campos em ônibus novos, oferecendo conforto e segurança para os alunos, tirando a preocupação dos pais com o caos causado pela péssima qualidade da frota que executava esse serviço. Ainda sobre Educação, entregamos novas unidades escolares e reformamos várias outras. Já na Assistência Social, realizamos um trabalho exemplar tratando as pessoas com carinho, ouvindo suas necessidades e buscando soluções. Na Agricultura, já fizemos mais de três mil atendimentos no preparo da terra nos últimos dois anos. Na Secretaria de Obras, entregamos à nossa população todas as obras que foram paralisadas no governo que nos antecedeu.

Cite alguns pontos que você considera que precisam melhorar em São Fidélis?
Embora estejamos trabalhando muito, temos uma malha de estradas vicinais que beira 1.800 km. Considero que precisamos ser mais ágeis na recuperação e manutenção das mesmas. Outro ponto que vejo necessidade é a limpeza de poços e açudes para atender o pequeno e médio agricultor. Não podemos negar que estamos atravessando um momento de crise econômica em nosso país, que atrapalha em muito os investimentos. Mas entendo que, pelas características do nosso município, temos que buscar continuamente tais soluções para atender nossa cadeia produtiva na área agrícola.

Existe algum projeto ou obra que você acha essencial, ou melhor, que você sonha para sua cidade?
Agradeço essa pergunta. Temos um projeto de uma ciclovia que liga o bairro Vila dos Coroados ao Centro da cidade, que está em fase final de avaliação para ser licitado em uma parceria com o Governo do Estado. Destaco esse projeto, não pela sua beleza, mas pela necessidade de diminuirmos os riscos dos pedestres e ciclistas que dividem uma única via com caminhões, carretas, ônibus, motocicletas, carros e, na maioria dos trechos, nem calçada tem, causando muitos acidentes, alguns até fatais. Essa é a grande obra que pretendemos entregar à nossa população com o título da obra mais importante do nosso município na área urbana.

Para terminar, o que você destaca com características principais de José Willian?
Humildade, respeito ao próximo, conciliador, articulador na defesa dos interesses públicos, muito trabalho e fé em Deus.