A Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) está prestes a completar 30 anos, no próximo dia 16 de agosto. Nesta data, no ano de 1993, era realizada a primeira aula magna da recém-criada universidade. Mas os planos para a Uenf sempre foram além das salas de aula e, como está escrito para quem chega, na entrada da universidade, ‘o objetivo é fazer um povo cada vez mais feliz’, o que também se traduz, hoje, em projetos abertos à comunidade e que envolvem o desenvolvimento social da região. Entre estes projetos, estão o Paraesporte, o Conhecendo a Uenf e o Terceira Idade em Ação.
Coordenador de dois projetos de extensão da Universidade Estadual do Norte Fluminense -o Paraesporte e o Conhecendo a Uenf- o reitor, Raul Palacio, comenta: “Para fazer um povo cada vez mais feliz, a gente tem que trazer desenvolvimento em todas as áreas. Na ciência, na pesquisa, na educação e na sociedade e, ao mesmo tempo, esse desenvolvimento tem que estar integrado ou guardar relação com a necessidade da sociedade Norte e Noroeste do estado e isso vai contribuir, evidentemente, para a revolução social de toda a nossa região”, defendeu.
No formato atual, o projeto Conhecendo a Uenf, funciona há cerca de sete anos na universidade, e, segundo o reitor, já atendeu mais de 30 mil estudantes dos ensinos fundamental e médio. Ainda de acordo com Raul, o objetivo é trabalhar para que a universidade esteja dentro do projeto futuro destes alunos, seja na Uenf ou em outra instituição. “É um projeto que atende a toda a comunidade estudantil, desde a creche até o ensino médio. Para que as pessoas entendam que a universidade é uma opção para elas no futuro. E que a universidade é possível para todo esse grupo social. Independentemente de ser escola pública ou de ser escola particular”, destaca. Através do Conhecendo a Uenf, é possível fazer visitas aos mais de 60 laboratórios da universidade, além da participação em feiras interativas. O agendamento, pelos grupos, pode ser feito através do e-mail conhecendoauenf@uenf.br.
Paraesporte
Já sobre o projeto Paraesporte, que acontece por meio de parceria público-privada há cerca de três anos na instituição, Raul explica que, entre as práticas direcionadas às Pessoas com Deficiência (PCD), estão vôlei, basquete, música, exercícios de forma geral, natação, bocha e toda uma série de esportes. Mas ele destaca que o objetivo principal é a parte motora, é a parte do conhecimento e do desenvolvimento desses jovens. “Logicamente, com o avançar do tempo, eles adquirem uma capacidade esportiva que permite representar a nossa região e, às vezes, até o Brasil em competições internacionais”, lembra, fazendo referência à equipe de futebol do projeto que representou o Brasil e levou a medalha de bronze.
Parceiro e fundador do Paraesporte, o ex-atleta da seleção brasileira de natação Raphael Thuin, explica que, hoje, o projeto atende a quase 500 PCDs, inclusive, com atividades para os pais e responsáveis. “A Uenf agora está disponibilizando um almoço para as crianças atendidas pelo Paraesporte e foi um grande ganho porque muitas das pessoas, infelizmente, não têm o poder aquisitivo para, às vezes, conseguir ir para casa e voltar, por causa do custo do transporte. É um projeto realmente social, que atende a uma grande gama da sociedade. Hoje são mais de dez modalidades e agora a novidade é a equoterapia”, comenta Thuin. As inscrições para o projeto abrem no início de cada ano, contudo, o reitor da Uenf informou que os responsáveis interessados podem ir num dia de aula para conversar com professores sobre possível inclusão de filhos PCD.
Terceira Idade em Ação
O Programa Terceira Idade em Ação funciona há 12 anos na Uenf e atende às pessoas acima de 60 anos, com atividades que promovem bem-estar físico e mental. Entre as oficinas oferecidas estão: ioga, natação, hidroginástica, pilates, artesanato, informática, autoconhecimento, inglês, violão e maquiagem. Atualmente, são 226 alunos matriculados e ativos. As inscrições permanecem abertas o ano inteiro. Para mais informações o contato é o (22) 2748-6063. “O bem-estar traz como consequência o cuidado da saúde e nós perdemos pouquíssimo idosos na pandemia. Vale a pena o governo, os gestores investirem na qualidade de vida do idoso para que eles possam viver mais e com mais dignidade”, alerta a coordenadora do projeto de extensão, Doutora em Ciências da Educação, Rosalee Santos Crespo.
