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Após ser barrado pelo TRE, Garotinho anuncia Juninho Virgílio a federal: “vida que segue”

Ex-governador Anthony Garotinho apresentou vereador de Campos como seu substituto na campanha para a Câmara

Eleições 2022
Por Redação
13 de setembro de 2022 - 11h42
Anthony Garotinho apresenta Juninho Virgílio como seu substituto na campanha para deputado federal (Reprodução Facebook)

O ex-governador Anthony Garotinho (União Brasil) fez uma transmissão em sua página no Facebook, após ter sua candidatura para deputado federal negada pelo Tribunal Regional Eleitoral, na segunda-feira (12). Ele se queixou da decisão que considera “perseguição política”. Faltando poucas semanas para o pleito e por não ter tempo hábil para julgamento de recurso, Garotinho desistiu de concorrer e apresentou um substituto, o vereador campista Juninho Virgílio (União Brasil), para disputar em seu lugar. Segundo o ex-governador, a decisão foi em comum acordo com a direção do partido.

Na live de Garotinho, antes de apresentar Juninho Virgílio como seu substituto no pleito, ele afirmou que é “vítima de uma perseguição terrível e injusta da Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Ele lembrou sobre a acusação de seu envolvimento na Operação-Chequinho, na eleição de 2016 para a Prefeitura de Campos, em que o candidato na época era o vice-prefeito na gestão de Rosinha Garotinho, Chicão Oliveira.

“Havia um processo absurdo de improbidade contra mim. Entrei com uma ação no STJ e ganhei uma decisão para que ele fosse paralisado. Restou um único caso, a chamada Operação Chequinho, outra aberração. Não há uma prova material contra mim, a não ser testemunho de uma pessoa suspeita inidônea que mudou seu depoimento sete vezes. Conseguimos com a segunda turma do STF uma decisão favorável anulando as provas da Operação Chequinho. Inexplicavelmente, aquilo que estava feito sobre improbidade foi desfeito. As provas que eram ilegais para um (ministro) não foram para o outro. Entrei com um novo recurso. O julgamento foi marcado para o dia 23 de setembro, às portas da eleição. Tem cabimento uma coisa dessa?”, questiona Garotinho.

Ex-governador disse estar triste e indignado pela decisão do TRE, e alega perseguição politica para estas eleições

O ex-governador disse que pesquisas no Estado do Rio feitas para deputado federal apontavam seu nome disparado na frente, à frente de todos os candidatos de todos os partidos. “Parece que não querem que eu concorra às eleições. Eu não sou nenhum idiota e não quero fazer ninguém de idiota. Desculpem minha franqueza, mas eu estou indignado e muito triste. Marcar para uma semana antes da eleição o julgamento de um recurso poderia anular todos os votos que eu tivesse. Imagina se eu tivesse a mesma votação que tive na última eleição para deputado federal, 700 mil votos. Seriam tornados todos nulos. Eu não quero fazer nenhuma acusação leviana. Sempre me pautei na vida pública pela verdade”, afirma.

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 Segundo Garotinho, ele paga a “conta de ter denunciado um esquema que destruiu o estado comandado por Sérgio Cabral”, citou.  “Tudo bem, vida que segue. Não há de ser nada. Eu gostaria muito de disputar essa eleição. A decisão de me tirarem da eleição é política, não é jurídica”, disse.

Garotinho disse que escolheu um amigo para assumir a candidatura a deputado federal com o mesmo número 4458. Na transmissão pela rede social, o ex-governador pediu para que quem votaria nele, passasse a votar em Juninho Virgílio. “O companheiro que vai nos representar é Juninho Virgílio. Sai Garotinho, entra Juninho. Nós venceremos”, disse.

O vereador, e agora candidato a deputado federal, Juninho Virgílio, disse que o momento é de tristeza pela saída de Garotinho da disputa, mas que se sente honrado por ser escolhido para a substituição.  “É uma eleição que não será fácil, será um desafio, assim como foi ser eleito vereador e ser vice-presidente da Câmara Municipal de Campos. Fui desafiado a ser secretário de Governo de Campos. Não corro de desafios. Com apoio, seremos vencedores nessa eleição”, conclui o candidato.