O leilão do estádio Estádio Ary de Oliveira e Souza, popularmente conhecido como “Aryzão”, de propriedade do Goytacaz Futebol Clube, começou na quinta-feira (11). A Justiça ainda não respondeu o recurso do advogado do clube, Fábio Bastos, que entrou com um mandado de segurança contra a decisão da 2ª Vara do Trabalho de Campos dos Goytacazes.
Mesmo com a decisão imposta pelo juiz Eduardo Almeida Jerônimo, quem fizer o arremate do Estádio Ary de Oliveira e Souza não poderá demolí-lo, já que o estádio foi reconhecido como patrimônio histórico e cultural do município de Campos.
A decisão do leilão do estádio campista ocorreu devido às dívidas trabalhistas que o clube possui com ex-funcionários. José Aluisio Peixoto Barreto, o Júnior Brasília, que foi gerente de futebol de janeiro de 2012 a outubro de 2015, moveu um processo contra o clube. Em fevereiro deste ano, o Goytacaz conseguiu reverter na Justiça um leilão do estádio que estava marcado para março.
A primeira etapa dos lances estão sendo feitos no site do leiloeiro Paulo Botelho e irão até o dia 17 de agosto.
A reportagem do Jornal Terceira Via entrou em contato com o Goytacaz, que respondeu na figura do seu advogado no caso, Fábio Bastos. Ele afirma que o clube irá fazer todos esforços possíveis para que esse leilão não seja feito. Confira a resposta na íntegra
“O Goytacaz tem, hoje, na Justiça do Trabalho, mais de 50 execuções trabalhistas e também cerca de 100 processos em tramitação contra o clube. Basicamente, todas essas ações vieram de anos atrás, em que não se teve o pagamento das dívidas. O tempo vem passando e elas se acumulando e aumentando. Nós ultimos dois anos, especialmente em 2021, ocorreram penhoras em todo complexo do estádio do clube. Com isso o juiz, com uma medida processual correta, como não teve o pagamento das execuções trabalhistas, determinou o leilão.
A defesa entende que tem um excesso de execução pois o estádio vale muito mais que os processos trabalhistas, assim como há um erro da avaliação do valor do imóvel. Esses são os nossos dois principais pontos de defesa específicos contra o caso. Já fizemos um primeiro pedido para que o juiz reverta a decisão desse leilão, ele decidiu manter, mas nós teremos mais uma tentativa na semana que vem. Ao mesmo tempo fizemos um mandado de segurança junto ao Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT/RJ) no intuito de cancelar esse leilão. E uma terceira medida para evitar esse arremate, é que fizemos um pedido para o TRT-RJ para que seja feita a centralização das execuções contra o clube.”