O Farol de São Thomé, localizado na praia de mesmo nome, na Baixada Campista, completou 140 anos na sexta-feira (29). O sinaleiro foi inaugurado em 1882, em comemoração ao aniversário de 36 anos da Princesa Isabel e conta com uma rica história de vida, com funcionamento até os dias atuais.
O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, homenageou o monumento em suas redes sociais. “Nesta sexta, a torre que dá nome a única praia campista completa 140 anos, o nosso Farol de São Tomé. Passei minha infância toda por lá e tenho tanto carinho que uma miniatura do Farol fica na sala da minha casa“, mostra com orgulho o prefeito.
Hoje, administrado pela Marinha do Brasil, o Farol foi importante em diversos momentos da história do país, como no período da Segunda Guerra Mundial, como explica a subsecretaria de turismo, Patrícia Cordeiro. “Durante a Segunda guerra, helicópteros que vinham a região, utilizavam o espaço para abastecimento. Então, além das riquezas naturais que a praia nos proporciona, do pescado e do petróleo, nós também podemos nos orgulhar que temos este monumento histórico tão rico de história em nossa cidade. Antigamente, as luzes do Farol alcançavam 25 quilômetros de distância. Hoje, por conta de um incêndio no ano de 1967, alcança apenas 18”, conta Patrícia.
A historiadora Rafaela Machado destaca que um mito cerca o monumento, mas que até hoje nada foi comprovado. “É preciso ressaltar que o fato de até hoje não serem identificados quaisquer documentos que demonstrem ter sido Gustave Eiffel o engenheiro responsável pela execução do projeto da torre do Farol de São Tomé, em nada diminuiu sua importância e imponência no litoral brasileiro. O que pouco se fala a respeito do Farol é que a Diretoria de Faróis, ao encomendar o projeto à empresa francesa Barbier et Fenestre, determinou que suas torres fossem feitas seguindo o denominado sistema Mitchell, também conhecido como Farol de Rosca, implantado no Brasil de forma pioneira, sendo um dos únicos e raros exemplares disponíveis na nossa costa atualmente”, afirma Rafaela.
Ainda sobre o Farol, a historiadora destacou a importância dele para o povo campista. “O Farol, por si só, guarda singularidades e particularidades que indicam a sua importância e pioneirismo na introdução de faróis desse tipo no Brasil, mas também na visão que se tem sobre ele como símbolo e monumento da região, da Marinha e da própria história da sinalização náutica nacional. Seja pela sua relevância histórica ou pelo símbolo que se tornou, o Farol é parte indissociável da identidade campista”, ressaltou a historiadora.
Ascom