O corpo da jovem Lidia Fernandes, de 26 anos, foi enterrado nesta terça-feira (8), no município de Cachoeiras de Macacu, na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. O corpo dela foi encontrado segunda-feira (7), depois de se afogar e desaparecer na cachoeira do Oriente, em São Fidélis, domingo (6), quando tomava banho com amigos. (Veja mais aqui)
O corpo foi velado na igreja Batista do Parque Julião Nogueira na noite de segunda e foi trasladado pra Região Serrana na manhã desta terça-feira. Lidia foi a terceira vítima em uma semana a se afogar no trecho da cachoeira, que estava sem sinalização de perigo. Pelas redes sociais, bombeiros militares, guias de trilha e freqüentadores do local passaram a compartilhar um vídeo que mostra o ponto exato que oferece risco. (Veja o vídeo no final da reportagem)
“Diferente do que alguns pensavam, os acidente não estão acontecendo na queda d’água, onde são formados poços mais profundos, mas em um trecho mais plano. No entanto, há pedras à mostra e forte correnteza no local. Quem não conhece, só percebe isso quando chega lá para mergulhar e tomar banho e, muitas vezes, já é tarde demais. Sabendo nadar ou não, o trecho é perigoso”, alertou o mergulhador do Corpo de Bombeiros, Dimisson Nogueira, que participou do resgate à vítima.
“A cachoeira é muito bonita, mas ali tem um buraco profundo e, com a correnteza, o banhista é sugado e não consegue sair. O corpo ficou preso no buraco. As vítimas não têm impulso para sair. Há risco até mesmo para nós, mergulhadores. Enquanto eu me aproximava do buraco para fazer o resgate, estava o tempo todo amarrado a uma corda e sendo monitorado por meu parceiro. O risco é muito grande até para quem vai ajudar. O ideal é que tenha sinalização indicando o perigo”, explicou Dimisson.
Segundo o mergulhador, há perigo em todas as épocas do ano, mas durante o verão, em período de fortes chuvas, o risco é maior.
Depois dos acidentes, o Secretário de Segurança Pública de São Fidélis, Ricardo Barcellos fez um apelo para as pessoas não irem à Cachoeira do Oriente nos próximos dias, até que as equipes do Inea, Defesa Civil e da Secretaria de Segurança Pública vistoriem e tomem as medidas necessárias para proteger o local. (Veja aqui)