Empresas que compõem o Consórcio União anunciaram a suspensão do pagamento de passagens com o RioCard nas linhas de ônibus em que operam. A medida tem validade a partir do dia 25 de outubro.
As auto viações São Salvador e Cordeiro informaram que a suspensão é definitiva e que foi motivada pelo aumento do percentual cobrado das empresas que empregam o sistema de bilhetagem eletrônica. “Nós já informamos ao Instituto Municipal de Trânsito e Transporte sobre a medida, devido à taxa de cobrança do RioCard, que dobrou”, disse Neto Amaral, sócio-proprietário das empresas São Salvador e Cordeiro.
De acordo com as empresas, o valor subiu de 2% para 4,36% diariamente. A São Salvador e a Cordeiro informaram que vão implementar um sistema próprio de bilhetagem. “A partir do dia 25 deste mês, a nossa empresa via ter o sistema próprio de bilhetagem, os nossos passageiros já poderão adquirir o bilhete eletrônico’, finalizou Amaral.
De acordo com Rosemary Reis, proprietária da empresa de ônibus Turisguá, a sua frota já não opera mais na cidade de Campos há quase dois meses. O Jornal Terceira Via publicou uma reportagem sobre o ocorrido no mês de agosto deste ano. Na ocasião, Rosemary relatou que o motivo do encerramento das atividades se deu pela condição financeira que a empresa se encontrava.
O Jornal Terceira Via entrou em contato com a empresa Rogil, que integra o Consórcio União, e aguardamos o posicionamento sobre o ocorrido.
O Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), informou em nota, que suspensão das empresas de ônibus com o sistema de bilhetagem RioCard se trata de questões contratuais entre o Consórcio União e a empresa. “As empresas de ônibus São Salvador, Cordeiro, Siqueira e Turisguá, pertencentes ao consórcio, e estão se recusando a manter o contrato após a empresa reajustar de 2,5% para 4,5% a tarifa de compensação cobrada por passageiro a cada viagem”, disse o órgão.
O Instituto de trânsito, ainda informou, que nesta questão em específico, o órgão atua como equipamento fiscalizador e regulador. “O IMTT não tem poder de suspender o contrato ou qualquer operação, já que o Sistema de Bilhetagem Eletrônico (SBE) é de responsabilidade da empresa consorciada, conforme reza o contrato de licitação”, relatou.
Ainda de acordo com a nota, o órgão informou que tentou intervir, junto com o consórcio, pela manutenção do contrato, mas o União, não aceitou a negociação diante ao reajuste tarifário por parte do RioCard, e que vai fiscalizar e cobrar do consórcio um novo modelo de bilhetagem eletrônica.
Ainda, segundo o IMTT, a atual gestão encontrou um modelo de transporte que não funcionava e que todo o sistema está passando por reformulação. “Está em formulação outro projeto de bilhetagem eletrônica, que será licitado e passará a ser gerenciado pelo IMTT, inclusive em consonância com o Ministério Público do Estado” finalizou a nota.