O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve dar prosseguimento, nesta terça-feira (9), ao julgamento de Habeas Corpus impetrados por vereadores eleitos mas não diplomados e empossados pela Justiça Eleitoral em Campos. Na quinta-feira passada, em sua última sessão como parte do colegiado, a ministra Luciana Lóssio, conhecida por decisões favoráveis ao grupo político do ex-governador Anthony Garotinho, votou pela diplomação, mas um pedido de vista do ministro Admar Gonzaga adiou a análise do mérito pela corte.
A Justiça Eleitoral impedido, no dia 19 de dezembro de 2016, a diplomação de seis vereadores de vereadores envolvidos no caso de compra de votos investigado no âmbito da Operação Chequinho: Jorge Rangel (PTB), Kellinho (PR), Linda Mara (PTC), Miguelito (PSL), Ozeias (PSDB) e Thiago Virgílio (PTC). Sem o documento, eles não puderam tomar posse no dia 1º de janeiro e foram substituídos pelos suplentes Álvaro Oliveira (SD), Cabo Alonsimar (PTC), Carlos Canaã (PTC), Geraldinho de Santa Cruz (PSDB), Joilza Rangel (PSD) e Neném (PTB).
Outros dois Habeas Corpus também começaram a ser analisados durante a sessão da última quinta e devem ter prosseguimento na sessão desta terça: um que pede a liberação de Garotinho para comentar sobre o processo em que é réu por suspeita de comandar o esquema, e outro, que pede a redistribuição das ações oriundas das investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Eleitoral (MPE).
A ministra votou favoravelmente a permitir que o ex-governador se pronuncie a respeito do processo, mas não concordou com a redistribuição das ações, que tem por objetivo retirá-las das mãos do juiz Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral (ZE), acusado de perseguição pelo ex-governador.