Fundada no início dos anos 90 para desafogar a rodoviária Roberto Silveira, no Centro, a rodoviária do Shopping Estrada era um projeto promissor, mas não acompanhou os tempos. A atual administração da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos – Codemca, autarquia municipal que administra o terminal, admite que a rodoviária onde concentram os ônibus de linhas intermunicipais e interestaduais precisa de uma cara nova e maior dinâmica.
O atual presidente da Codemca, Afrânio dos Santos Júnior, não arrisca prazo, mas diz que essa é uma de suas prioridades. Um novo rosto para a rodoviária do Shopping Estrada deve começar a se desenhar quando forem iniciadas as obras da duplicação da BR-101, no trecho exatamente entre o terminal e o Hotel Doce Lar, no Parque Leopoldina, obra conseguida pelo prefeito Wladimir Garotinho junto ao Ministério da Infraestrutura e bancada da Câmara Federal.
A Codemca já iniciou uma série de pequenos reparos na rodoviária do Shopping Estrada, de onde partem e chegam ônibus de vários estados, com um fluxo maior das cidades do Rio de Janeiro, Niterói e as da Região dos Lagos.
Uma das críticas feitas desde a sua inauguração é a da cobertura metálica que, em determinadas partes do terminal, não protege os passageiros de chuvas quando acompanhada de ventos fortes.
A ideia com a duplicação da BR-101 naquele trecho é exatamente fazer com que a rodoviária do Shopping Estrada e seu entorno – o shopping em si – seja um cartão de visitas para os que desembarcam. Diferente da rodoviária do Centro, a do Shopping Estrada nunca passou por uma reforma estrutural, o que fez muita gente afirmar que “Campos tem uma rodoviária velha que é nova e uma nova que é velha”.
A atual administração da Codemca, que também cuida dos cemitérios, quiosques, mercado e camelódromo, opera com recursos próprios. A nova gestão afirma que, no momento, existem demandas acumuladas como a conclusão das obras do camelódromo, e que um novo rosto para a rodoviária do Shopping Estrada não pode ser definido de uma hora para outra.
A ideia é ir além de um visual mais atrativo, é torná-la funcional em todos os aspectos, desde os sanitários até os serviços dos permissionários, ou seja, lanchonetes e restaurantes.