Que o ano legislativo promete grandes emoções, poucos duvidam. É natural, portanto, a expectativa em torno da primeira sessão da Câmara de Vereadores de Campos, marcada para esta quarta-feira (15) às 17h, já tendo como destaque a abertura de uma CPI para investigar a ligação do governo da ex-prefeita Rosinha Garotinho com a Operação Lava Jato. Vereador de oposição na legislatura anterior, o prefeito Rafael Diniz garante que estará presente no plenário.
Internamente, os 25 vereadores já trabalham desde 1º de janeiro. Foram muitas as conversas desde então – sobretudo envolvendo a relação com o Executivo e os escândalos de corrupção que mudaram a composição da Câmara por via judicial.
Onze vereadores eleitos e não diplomados por envolvimento com a Operação Chequinho esperam uma decisão judicial favorável a sua posse, lançando uma sombra quanto ao futuro dos suplentes, que hoje estarão como titulares. Embates entre oposição e situação – grupos que mudaram de lado na eleição passada – prometem debatem acalorados. A expectativa é de casa cheia.
“Vamos ter uma Câmara muito atuante e muito produtiva, com um trabalho voltado para a população”, garante o presidente da casa, Marcão Gomes (Rede). Segundo ele, estão sendo estabelecidas comissões de trabalho para distribuir os temas que surgirem e os projetos que forem formalizados. Em relação ao governo municipal, um recado claro: “A relação entre a Câmara e a prefeitura será de muito respeito, e não de servilismo como vimos na gestão anterior”.
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Nas primeiras sessões, a pauta terá como destaque a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o envolvimento da gestão municipal passada com executivos envolvidos na Operação Lava Jato. Marcão se refere à declaração de um alto executivo da Odebrecht que diz ter repassado propina à prefeita Rosinha, ao ex-secretário de Governo Anthony Garotinho e a sua filha, a deputada federal Clarissa Garotinho. “Portanto, nenhuma CPI pode se sobrepor a essa”, observa o presidente. Começo mais movimentado, impossível.